Economia

Expansão da China em 2015 deve desacelerar

É provável corte de juros e de compulsório


	Iene: dados devem mostrar que a economia da China expandiu 7,2% no último trimestre
 (Bay Ismoyo/AFP)

Iene: dados devem mostrar que a economia da China expandiu 7,2% no último trimestre (Bay Ismoyo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2015 às 07h09.

A taxa de crescimento econômico da China deve desacelerar mais este ano, pressionada pela fraqueza dos financiamentos, do setor imobiliário e da demanda global, mostrou pesquisa da Reuters divulgada nesta segunda-feira.

A segunda maior economia do mundo deve crescer 7 por cento em 2015, e desacelerar mais para 6,8 por cento no próximo ano, de acordo com a mediana das projeções de mais de 40 economistas consultados entre 15 e 19 de janeiro.

Na terça-feira, dados devem mostrar que a economia da China expandiu 7,2 por cento no último trimestre de 2014, ritmo mais lento desde o pior da crise financeira global.

Se a projeção da Reuters para o crescimento do quarto trimestre se confirmar, isso significa que a expansão para o ano de 2014 ficará abaixo da meta de 7,5 por cento do governo e marcará a expansão anual mais fraca em quase um quarto de século.

Isso aumentaria o clamor para que Pequim afrouxe ainda mais a política monetária. Economistas consultados na pesquisa projetam que o banco central vai cortar a taxa de compulsório em 0,5 ponto percentual em cada trimestre até outubro, para liberar mais dinheiro para os bancos emprestarem.

Isso após um corte da taxa de juros para 5,6 por cento no ano passado. Economistas preveem que a taxa referencial de empréstimo deve ser reduzida de novo para 5,4 por cento no segundo trimestre.

Uma desaceleração na China pode colocar em risco as chances de uma retomada do crescimento global em 2015, que no momento está sendo liderada pelo que o Banco Mundial chama de "motor único" de fortes contratações e atividade econômica dos Estados Unidos.

De fato, economistas em pesquisa da Reuters na semana passada disseram que o crescimento mais fraco do que previsto anteriormente na China e na zona do euro é o maior risco à economia global neste ano.

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