Economia

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Segundo Regis Dudena, secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, setor teve crescimento descontrolado e regulamentação pretende coibir esses transtornos

Regis Dudena: ausência de regulamentação abriu espaço para que empresas de apostas agissem de forma contrária ao apostador, a saúde dos apostadores e gerando o envididamento (Ministério da Fazenda/Divulgação)

Regis Dudena: ausência de regulamentação abriu espaço para que empresas de apostas agissem de forma contrária ao apostador, a saúde dos apostadores e gerando o envididamento (Ministério da Fazenda/Divulgação)

Publicado em 20 de setembro de 2024 às 16h47.

Última atualização em 20 de setembro de 2024 às 18h18.

Tudo sobreApostas esportivas
Saiba mais

O secretário de Prêmio e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena, afirmou nesta sexta-feira, 20, em entrevista exclusiva à EXAME, que um problema social existe no Brasil em decorrência da atividade de apostas esportivas. Segundo ele, a ausência de regulamentação entre 2018 e 2022 contribuiu para o crescimento descontrolado do setor.

"Existe sim um problema social gerado pela atividade de apostas no brasil. E o nosso diagóstico é que o principal problema é decorrente da ausência de regulamentação. Nós tivemos um crescimento descontrolado dessa atividade no Brasil", disse Dudena.

A ausência de regulamentação abriu espaço para que empresas agissem de forma contrária ao apostador, a saúde dos apostadores e gerando o envididamento.

"O processo de regulamentação e de autorização já serve para separar as empresas que são excessivamente agressivas ou fraudulentas e criminosas. Esas empresas sendo afastadas do setor já traz um ganho significativo nos nossos diagnósticos", disse.

Vedações para casas de apostas

Dudena também afirmou que as casas de apostas não podem, por exemplo, afirmar que as apostas são um meio para ganhar dinheiro, um investimento, uma alternativa financeira ou uma forma de o apostador ficar rico.

"Há o dever da casa de aposta de monitorar os apostadores. Eles têm capacidade ténica de perfilar os apostares, entenner o perifl desses apostadores, saber a capacidade financeira e o tempo de tela. E a casa de apostas terá que enviar avisos caso o apostador passe de detemrinados limites e, se passar outros limites, gerar pausas obrigatórias. O apostador poderá ser banido se ultrapassar todos os limites. Vamos fiscalizar e monitrar esses deveres", disse.

Externalidades positivas

Na teoria da regulação, afirmou Dudena, o estado é chamado para intervir em algum setor quando se identifica problemas de mercado e necessidades de intervenção regulatória. Essa regulação governamental também pode trazer alguns benefícios.

"Obviamnete, o setor começou com empresas, pura e simplmentes, remetando esses valores para fora do Brasil não pagando impostos e não gerando impostos. Uam vez regulado e fazendo com que as atividades se deem no Brasil, geraremos emprego, movimentação de renda e pagamento de impostos. É imporante ficar claro que o dever primário da secretária é atuar no setor para regulá-lo, para proteger o apostador, a economia popular e para proteger o setor das externalidades negativas", disse.

yt thumbnail
Acompanhe tudo sobre:Ministério da FazendaApostas esportivas

Mais de Economia

Haddad: pacote de corte de gastos será divulgado após reunião de segunda com Lula

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos

Arrecadação federal soma R$ 248 bilhões em outubro e bate recorde para o mês