Economia

Europa puxa freada da produção industrial global

Crise fez com que indústrias de países desenvolvidos tivessem pior desempenho no ano passado


	A produção manufatureira na Europa avançou 2,2% em 2012, ante expectativa de expansão de 3,1% da ONU
 (Sean Gallup/Getty Images)

A produção manufatureira na Europa avançou 2,2% em 2012, ante expectativa de expansão de 3,1% da ONU (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Washington - A produção industrial no mundo desacelerou em 2012, basicamente por culpa da Europa, destaca um estudo da ONU divulgado ontem.

No ano passado, a produção manufatureira cresceu 2,2%, ante expectativa da própria ONU de que crescesse 3,1%. As indústrias de países desenvolvidos tiveram pior desempenho, em meio à crise, e foram forçadas a cortar emprego. Os problemas na zona do euro deprimem não só o crescimento da região, como também afetam países emergentes que exportam para o mercado europeu.

O estudo divulgado foi preparado pela UNIDO (Organização da ONU para o Desenvolvimento Industrial) e faz parte do Anuário Internacional de Estatísticas Industriais de 2013 da entidade.

Os dados sobre a inflação na Espanha, divulgados ontem, mostraram a maior queda na variação mensal em 50 anos. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu 1,3% em janeiro ante dezembro.

Mas analistas apontam que a cesta de 200 produtos analisados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), que inclui itens como passagens de ônibus, sapatos, gasolina e mensalidades escolares, subestima algumas altas nos preços. "Nós suspeitos que possam haver políticas governamentais que contribuem para esconder a verdadeira escala da inflação", diz Ruben Sanches, da associação de advocacia para consumidores Facua.

O mesmo problema ocorre em outros países, como por exemplo a Itália. O Codacons, órgão que luta pelos direitos dos consumidores, diz que a inflação anual em janeiro ficou perto de 3%, bem acima da leitura oficial de 2,2%.

Na Espanha, o vice-diretor do Departamento de Preços do INE, Ignácio González, rejeita as críticas feitas ao IPC. Segundo ele, o instituto ajusta os pesos dos componentes do índice todo ano, com base em uma ampla pesquisa com 22 mil cidadãos sobre os padrões de consumo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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