Economia

Europa precisa perdoar dívida da Grécia, diz FMI

FMI afirmou que os credores europeus precisam conceder à Grécia um alívio "incondicional" da dívida do país


	Crise da Grécia: credores e FMI discordam sobre os termos da negociação da dívida grega
 (Yves Herman/Reuters)

Crise da Grécia: credores e FMI discordam sobre os termos da negociação da dívida grega (Yves Herman/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2016 às 14h13.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou nesta segunda-feira que os credores europeus precisam conceder à Grécia um alívio "incondicional" para que o fundo faça novamente parte do programa de resgate.

Os comentários, feitos na véspera da reunião dos ministros de Finanças da zona do euro, dom o tom da disputa entre governos europeus e o fundo monetário, que discordam quanto à forma em que discordam quanto os detalhes da próxima etapa do programa de resgate financeiro ao país.

Liderados pela Alemanha, parte dos europeus resiste em conceder qualquer forma de alívio financeiro à Atenas, que precisa de novos empréstimos até julho para honrar seus compromissos.

"É crítico para a credibilidade da avaliação sobre a sustentabilidade da dívida grega que ela seja baseada em compromissos ambiciosos, porém realistas", afirmou o FMI. "Igualmente importante é a necessidade de um alívio incondicional, que deve ser concedido durante a vigência do programa."

A entidade também quer a aprovação de um "mecanismo de alívio automático da dívida caso o programa mostre a sustentabilidade da dívida".

O FMI contestou as estimativas sobre a Grécia, afirmando que a estimativa de crescimento de 3,5% este ano é irrealista. O fundo estima que a economia do sul da Europa vá crescer 1,5% este ano, e que seu potencial de crescimento é de 1,25% no longo prazo.

Para a entidade, isto significa que o vencimento dos empréstimos precisa ser postergado em mais de 30 anos, com uma carência e 20 anos e uma taxa de juros de 1,5% ou menor ao menos até 2040.

Mesmo assim, o peso da dívida grega ainda seria enorme, o que justifica o alívio proposto pelo FMI.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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