Economia

Europa avalia crédito para manter serviço público grego

O presidente do Parlamento Europeu avaliou a chance de conceder créditos de emergência para a Grécia para garantir a manutenção dos serviços públicos


	Presidente do Parlamento europeu, Martin Schulz: "talvez nos veremos obrigados a conceder créditos de emergência"
 (AFP)

Presidente do Parlamento europeu, Martin Schulz: "talvez nos veremos obrigados a conceder créditos de emergência" (AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2015 às 12h27.

Berlim - O presidente do Parlamento Europeu (PE), Martin Schulz, avaliou em declarações ao jornal "Welt am Sonntag" a possibilidade de conceder créditos de emergência para a Grécia para garantir a manutenção dos serviços públicos e evitar uma crise humanitária, antecipou neste sábado o veículo dominical.

"Talvez nos veremos obrigados a conceder créditos de emergência à Grécia como medida de transição, para que os serviços públicos possam continuar funcionando e as pessoas necessitadas recebam dinheiro. Para isso haveria dinheiro disponível a curto prazo em Bruxelas", precisou.

Schulz ressaltou que foi o governo de esquerda do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, que conduziu o país a um beco sem saída, "mas disso as pessoas não têm culpa".

"Os ajudaremos", disse o presidente do PE, que afirmou que "não deixará o povo grego de mãos abanando".

Segundo Schulz, "a situação certamente não melhorará" se a população rejeitar no referendo deste domingo os planos de reforma das instituições credoras - Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (CE), porque o governo grego ficará sem dinheiro.

"Sem dinheiro novo, não é possível pagar salários, o sistema de saúde já não funciona, o fornecimento elétrico e o transporte público colapsarão e já não se podem importar bens necessários, porque ninguém pode pagar", advertiu.

Segundo um especialista das instituições, "o governo (grego) talvez só tenha dinheiro para uma semana, mas certamente que não para muito mais do que isso".

Círculos próximos aos credores estimam que os bancos privados poderiam ficar sem dinheiro já na segunda ou terça-feira, acrescentou o jornal.

"Precisam de dinheiro, e rápido", declarou um negociador das instituições credoras ao "Welt am Sonntag". 

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