Economia

Eurogrupo descarta antecipar desembolso de ajuda à Grécia

Acordo prevê que a lista preliminar de reformas entregue por Atenas a seus sócios seja especificada e adotada com as instituições até o final de abril


	Eurogrupo: acordo prevê que a lista preliminar de reformas entregue por Atenas a seus sócios seja especificada e adotada com as instituições até o final de abril
 (REUTERS/Ralph Orlowski)

Eurogrupo: acordo prevê que a lista preliminar de reformas entregue por Atenas a seus sócios seja especificada e adotada com as instituições até o final de abril (REUTERS/Ralph Orlowski)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2015 às 12h29.

Bruxelas - O Eurogrupo abordará na segunda-feira o plano de reformas do governo grego de seis pontos, mas por enquanto descarta antecipar ou dividir o pagamento da ajuda pendente, porque as instituições terão que analisar "todas" as medidas em seu conjunto e ainda não há discussões iniciadas.

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, recebeu uma carta do ministro grego de Finanças, Yanis Varoufakis, com as seis reformas que o governo grego pretende propor a seus sócios da zona do euro, mas fontes europeias ressaltaram que os dezenove ministros de Economia e Finanças não tomarão nenhuma decisão por enquanto.

"Ficou claro no acordo conjuntamente adotado que existem uma série de elementos que devem ser respeitados no contexto do acordo e isso inclui que as instituições analisem as medidas em sua totalidade", afirmou hoje uma fonte do Eurogrupo.

Normalmente, após esta análise haveria um acordo em nível técnico e se definiriam ações prévias, e somente após estas serem cumpridas o desembolso poderia ser efetuado.

O acordo do Eurogrupo com a Grécia prevê que a lista preliminar de reformas entregue por Atenas a seus sócios seja especificada e adotada com as instituições até o final de abril.

Qualquer medida que o governo grego de Alexis Tsipras desejar substituir por outras deve estar plenamente financiada, não pode impactar negativamente os objetivos orçamentários e nem a recuperação econômica e a estabilidade financeira.

"Teoricamente é possível que se alcance um acordo integral com as instituições e que possa haver ações prévias divididas no tempo, com primeiras ações para serem cumpridas rapidamente. Então se poderia dividir a ajuda pendente em lances", explicou a fonte.

Restam no fundo de resgate 1,8 bilhão de euros e os 1,9 bilhão que Atenas reivindica ao Banco Central Europeu (BCE) procedente dos lucros das operações com bônus helenos.

No entanto, a fonte afirmou que "se está longe disso, porque não começaram as discussões técnicas", que, se esperava, podiam começar no início da próxima semana, mas por enquanto não há nenhuma data estabelecida.

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