EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.
Detroit, EUA - Uma investigação internacional sobre suposta fixação de preço e outras violações antitruste por parte de fabricantes de autopeças intensificou-se nesta quinta-feira, quando mais companhias confirmaram terem tido seus escritórios vasculhados pelas autoridades. Diversas fornecedoras, entre elas a fabricante de autopeças alemã Leoni, foram visitadas pela Comissão Europeia e por autoridades antitruste dos EUA e do Japão. Companhias europeias, como a Yazaki North America, Denso International America e Tokai Rika, foram vasculhadas pelo FBI na terça-feira. Todas fabricam sistemas de distribuição elétrica automotiva ou componentes.
"A questão é saber se as margens de lucro (no setor de sistemas elétricos) que vimos no passado resultam de inovação na produção ou se foram causadas pelo conluio de preços", disse o analista Jim Gillette. "Minha preocupação com relação a isso é saber se o setor automotivo tem sua forma peculiar de lidar com preços e custos e se essa investigação se trata de uma aplicação mais rígida da lei, que poderia impedir a indústria de operar como sempre fez."
As autoridades federais recusaram-se a divulgar as razões específicas e os prazos das inspeções. Embora muitas companhias fabriquem produtos para a Toyota, as autoridades disseram que as supostas violações não se centram na montadora japonesa. A incursão pelos escritórios das companhias é o passo inicial das investigações antitruste da União Europeia. Não há um prazo determinado para a conclusão de uma investigação de cartel, e o processo geralmente depende da complexidade do caso e da cooperação das empresas envolvidas.
Se for considerada culpada pela fixação de preços, uma companhia pode ser multada em até 10% de sua receita anual global pela Comissão, mas na prática as multas costumem ser bem menores. As informações são da Dow Jones.