Economia

EUA querem texto do G20 sem mudanças climáticas como risco à economia

Ministros das finanças e chefes de bancos centrais das 20 maiores economias do mundo (G20) estão discutindo os principais desafios econômicos globais

G20: tributação de empresas digitais também está sendo discutida pelo grupo (Kevin Lamarque/Reuters)

G20: tributação de empresas digitais também está sendo discutida pelo grupo (Kevin Lamarque/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de fevereiro de 2020 às 14h38.

Riad - Os Estados Unidos foram contrários a menções às mudanças climáticas no comunicado dos líderes financeiros do mundo, disseram diplomatas do G20, depois que um novo rascunho da declaração conjunta mostrou que o grupo analisa incluir a questão como fator de risco para o crescimento.

Ministros das finanças e chefes de bancos centrais das 20 maiores economias do mundo (G20) estão discutindo os principais desafios econômicos globais neste final de semana em Riad, concentrando-se nas perspectivas de crescimento e novas regras para tributar as empresas digitais globais.

O G20 espera uma recuperação modesta no crescimento global este ano e no próximo, mas observou riscos negativos para essa perspectiva decorrentes de "tensões comerciais geopolíticas e remanescentes, incerteza política e risco macroeconômico relacionados à sustentabilidade ambiental".

O último comunicado preliminar dá menos destaque ao surto de coronavírus como risco de crescimento, dizendo apenas que o G20 "melhoraria o monitoramento global de riscos, incluindo o recente surto de COVID-19", a sigla médica para o coronavírus.

Fontes informaram à Reuters que os Estados Unidos relutam em aceitar a linguagem das mudanças climáticas como um risco para a economia.

"Normalmente, a China também bloqueia, mas como eles são representados em níveis mais baixos, são principalmente os EUA", disse um diplomata do G20.

"O clima é o último ponto difícil do comunicado. Ainda não há acordo", disse uma segunda fonte familiarizada com as negociações.

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