Sudão: Obama anunciou na segunda-feira a prorrogação destas sanções por um ano (ASHRAF SHAZLY/Stringer)
AFP
Publicado em 1 de novembro de 2016 às 11h35.
Última atualização em 1 de novembro de 2016 às 11h38.
Os Estados Unidos prorrogaram por um ano suas sanções contra o Sudão impostas desde 1997, mas não exclui levantá-las se forem realizados progressos no país africano, informaram nesta terça-feira fontes oficiais.
O Sudão está submetido a um embargo comercial por parte dos Estados Unidos, que em 1997 acusavam Cartum de apoiar grupos islamitas violentos. O ex-chefe do grupo extremista Al-Qaeda, Osama Bin Laden, esteve baseado em Cartum entre 1992 e 1996.
Mais tarde, os Estados Unidos denunciaram as táticas do poder sudanês no conflito que o opõe às minorias rebeldes na região ocidental de Darfur.
O presidente americano, Barack Obama, anunciou na segunda-feira à noite a prorrogação destas sanções por um ano.
"As ações e a política do governo do Sudão seguem representando uma grande ameaça para a segurança nacional e a política estrangeira dos Estados Unidos", explicou o presidente em um comunicado.
A embaixada dos Estados Unidos no Sudão disse, por sua vez, que esta prorrogação "não exclui a possibilidade" de que estas medidas sejam levantadas no futuro, no âmbito do diálogo mantido por Cartum e Washington.
O conflito de Darfur explodiu em 2003, quando insurgentes pertencentes a minorias étnicas pegaram em armas contra o poder de Cartum, nas mãos da maioria árabe. O presidente Omar al-Bashir respondeu com uma operação violenta.
A ONU estima que os combates deixaram desde então ao menos 300.000 mortos e 2,5 milhões de deslocados.