Josh Earnest, secretário de imprensa da Casa Branca: os EUA "continuam sendo um dos principais defensores da necessidade de uma maior transparência no sistema financeiro internacional", disse (Jason Reed/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2016 às 18h30.
Washington - Os Estados Unidos pediram nesta segunda-feira mais transparência no sistema financeiro internacional depois do vazamento dos chamados Panama Papers, um escândalo de ocultação de dinheiro por meio de offshores que envolve políticos, empresários e celebridades de todo o mundo.
O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, não quis fazer comentários sobre casos específicos de autoridades de todo o mundo, entre eles vários aliados dos EUA, que supostamente recorreram ao escritório panamenho de advocacia e gestão de patrimônio Mossack Fonseca para desviar suas fortunas a paraísos fiscais.
No entanto, Earnest afirmou que os Estados Unidos "continuam sendo um dos principais defensores da necessidade de uma maior transparência no sistema financeiro internacional", algo que considerou essencial para "arrancar a corrupção pela raiz" e acabar com o "financiamento de organizações terroristas".
"Como líder neste campo e como a maior economia do mundo, os Estados Unidos têm a oportunidade de usar parte de sua influência para conseguir as mudanças que gostaríamos de ver (no sistema financeiro internacional), e isso é algo que fizemos e continuaremos fazendo", disse Earnest em sua entrevista coletiva diária.
O porta-voz disse desconhecer "como foram tornados públicos os documentos" divulgados ontem pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ) e evitou dizer se considera a divulgação como algo positivo.
Earnest destacou que os Departamentos do Tesouro e de Justiça dos EUA têm especialistas que "verificam regularmente as transações do mercado internacional para determinar sua coerência com as sanções e leis" americanas.