Economia

EUA iniciam disputa comercial com a China na OMC

Os Estados Unidos apresentarão perante o organismo multilateral um 'pedido de consultas' formal com a China, e contará com o respaldo da União Europeia e do Japão

Sede da OMC' (AFP)

Sede da OMC' (AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2012 às 10h15.

Washington - O Governo dos Estados Unidos iniciará nesta terça-feira uma disputa contra a China na Organização Mundial do Comércio (OMC) devido às restrições que a potência asiática impõe às exportações de seus materiais oriundos de terras raras.

Os Estados Unidos apresentarão perante o organismo multilateral um 'pedido de consultas' formal com a China, e contará com o respaldo da União Europeia (UE) e do Japão, segundo informou nesta segunda-feira a edição digital do diário 'The New York Times'.

Essa solicitação é o primeiro passo de um caminho que pode levar a um processo até o segundo trimestre deste ano, a não ser que a China aceite as reivindicações das potências ocidentais para facilitar a exportação desses materiais, assinala o diário, que cita altos cargos americanos.

As terras raras são vitais para a fabricação de dispositivos de alta tecnologia, tais como televisões de tela plana, smartphones, baterias de carros híbridos e até mísseis.

A China concentra 95% da produção em terras raras como o escândio, o ítrio e o lantânio, e outras potências denunciam que o país empregou esse poder como uma ferramenta de comércio ao impor taxas e cotas à exportação, o que forçou muitas companhias a transferirem suas fábricas ao país asiático.

A disputa é apenas uma das cinco que os EUA pretendem iniciar em breve contra a China, de acordo com o diário, que cita também a indústria automotiva, a de autopeças, os painéis solares e as leis contra as subvenções.

A China alega que a OMC permite que seus membros limitem as exportações devido, entre outros motivos, à conservação de seus recursos naturais não renováveis, e assinala que as reservas chinesas de terras raras são atualmente um terço do total mundial, contra 85% de 20 anos atrás.

Grande parte das reservas chinesas destes materiais se encontra na região da Mongólia Interior, embora também haja jazidas em países como EUA, Índia e Brasil, apesar de muitos não serem exploradas devido à forte degradação ambiental decorrente da extração destes materiais. EFE

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