Departamento do Tesouro americano impôs, nesta terça-feira, sanções a Valiollah Seif, governador do Banco Central do Irã (Darren Staples/Reuters)
AFP
Publicado em 15 de maio de 2018 às 13h43.
O Departamento do Tesouro americano impôs, nesta terça-feira, sanções a Valiollah Seif, governador do Banco Central do Irã, acusado de ajudar a Guarda Revolucionária a transferir recursos para o grupo libanês Hezbollah.
"Os Estados Unidos não permitirão o crescente abuso iraniano do sistema financeiro internacional", afirmou em nota o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.
Em uma longa nota oficial, o Tesouro destacou que a sanção anunciada nesta terça "não se estende" ao resto do Banco Central como instituição.
Contudo, disse o Tesouro, como o presidente Donald Trump decidiu retirar os Estados Unidos do acordo sobre a política nuclear, Washington "restabelecerá sanções que se estendem a certas transações do banco", como a compra de dólares.
"Além disso, em 5 de novembro de 2018 serão restabelecidas sanções a pessoas envolvidas em transações significativas com o Banco Central do Irã", afirmou o Tesouro.
O departamento também sancionou Ali Tarzali, subdiretor do Departamento Internacional do Banco Central iraniano; Aras Habib, diretor-executivo do Al-Bilad Islamic Bank, e Mohammad Qasir, como receptor dos recursos.
Segundo o Tesouro, o governador do Banco Central "canalizou de forma encoberta milhões de dólares" da Guarda Revolucionária com o Hezbollah utilizando conta no Al-Bilad Islamic Bank no Iraque.
Dessa forma, Seif, Tarzali, Habib e Qasir foram incluídos na lista de pessoas designadas como "Terroristas Globais" por "proporcionar suporte a terroristas e atos de terrorismo".