Economia

EUA excluem Brasil, UE e outros países de taxação sobre aço

A informação foi divulgada nesta quinta-feira pelo o representante do Comércio americano, Robert Lighthizer

Aço: as isenções se aplicam também aos parceiros do Nafta (Mark Blinch/Reuters)

Aço: as isenções se aplicam também aos parceiros do Nafta (Mark Blinch/Reuters)

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AFP

Publicado em 22 de março de 2018 às 12h44.

Última atualização em 22 de março de 2018 às 13h26.

Os Estados Unidos decidiram isentar, por ora, vários países - entre eles Brasil, México, Argentina e os integrantes da União Europeia (UE) - das pesadas tarifas sobre o aço e o alumínio, informou nesta quinta-feira (22) o representante comercial americano, Robert Lighthizer.

Ao falar ante o Congresso, Lighthizer afirmou que as isenções serão aplicadas "aos parceiros do Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta, com México e Canadá). Também visarão à União Europeia. Temos ainda Austrália, Argentina e Brasil e, evidentemente, a Coreia do Sul".

O governo do presidente Donald Trump impôs, em 8 de março, tarifas de 25% sobre as importações americanas de aço e de 10% sobre as de alumínio, despertando temores de uma guerra comercial generalizada.

Ao assinar a Resolução Presidencial que impôs as tarifas, Trump tinha adiantado que México e Canadá ficariam isentos "por ora".

México, Canadá e Estados Unidos já fizeram sete rodadas para renegociar os termos do Nafta, mas até agora nenhum dos países relatou avanços significativos.

Canadá é o segundo maior provedor de aço ao mercado americano, seguido pelo Brasil.

Na segunda-feira, o governo tinha anunciado detalhes de um processo para países interessados em obter uma isenção dessas tarifas.

A comissária europeia de Comércio, Cecilia Malmström, chegou a visitar Washington para negociar que a UE ficasse a salvo das controversas taxas.Quando a Casa Branca anunciou sua intenção de impor essas tarifas, a UE reagiu informando que tinha preparado um plano de medidas de represália contra produtos americanos.

O plano foi criado para penalizar produtos provenientes de regiões dos Estados Unidos onde está a base do apoio eleitoral de Trump.

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