Economia

EUA enfrenta choque histórico e desemprego pode chegar a 16%, diz assessor

26,5 milhões de americanos já solicitaram auxílio-emprego desde março, e o varejo, a construção de moradias e a confiança do consumidor registraram queda

Kevin Hassett, assessor do presidente Donald Trump (Jonathan Ernst/Reuters)

Kevin Hassett, assessor do presidente Donald Trump (Jonathan Ernst/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de abril de 2020 às 09h39.

O fechamento da economia norte-americana devido à pandemia de coronavírus é um choque de proporções históricas que provavelmente elevará a taxa de desemprego nacional para 16% ou mais este mês, e exigirá mais estímulos para garantir uma forte recuperação, disse um assessor econômico da Casa Branca no domingo.

"É uma situação realmente grave", disse Kevin Hassett, assessor do presidente Donald Trump, ao programa 'This Week' do canal ABC.

"Este é o maior choque negativo que nossa economia, acredito, já viu. Vamos registrar uma taxa de desemprego que se aproxima das que vimos durante a Grande Depressão" dos anos 1930, acrescentou Hassett.

Quarentenas nos Estados Unidos para reduzir a disseminação do novo coronavírus têm prejudicado a economia, fechando empresas e elevando o desemprego rapidamente.

Um recorde de 26,5 milhões de norte-americanos solicitaram auxílio-emprego desde meados de março, e as vendas no varejo, a construção de moradias e a confiança do consumidor registraram queda.

O Escritório de Orçamento do Congresso, apartidário, prevê que o Produto Interno Bruto dos EUA recuará a uma taxa anual de quase 40% no segundo trimestre, com o desemprego alcançando 16% no terceiro trimestre. Mas, mesmo no próximo ano, o Escritório de Orçamento vê a taxa de desemprego ainda em média acima de 10%.

Antes da pandemia, a taxa de desemprego nos EUA rondava uma mínima de 50 anos de 3,5%.

"Acho que a taxa de desemprego vai subir para um nível provavelmente em torno de 16% ou mais no próximo relatório de empregos", que será divulgado em 8 de maio, fornecendo estatísticas de abril, disse Hassett a repórteres na Casa Branca.

Hassett acrescentou que a queda esperada para o segundo trimestre no PIB do país é um "número grande".

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