Economia

EUA deve ter crescimento "sólido" de 2,25% este ano, prevê membro do FED

De acordo com o presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans, juros precisam manter-se 50 pontos-base abaixo da chamada taxa neutra

Dólar: Fed já cortou sua taxa básica duas vezes este ano e Evans votou a favor das reduções (Thomas Trutschel/Photothek/Getty Images)

Dólar: Fed já cortou sua taxa básica duas vezes este ano e Evans votou a favor das reduções (Thomas Trutschel/Photothek/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de outubro de 2019 às 06h38.

Última atualização em 1 de outubro de 2019 às 06h40.

O presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) em Chicago, Charles Evans, disse nesta terça-feira que os cortes de juros do Fed foram necessários para manter a economia americana em sua trajetória atual, que continua saudável de modo geral, apesar de alguns riscos importantes, como tensões comerciais e fatores geopolíticos.

Para Evans, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA vai crescer cerca de 2,25% este ano, que é "um número sólido, uma vez que excede minha visão para a taxa de crescimento potencial da economia no longo prazo".

Em discurso feito durante conferência do banco central alemão (Bundesbank), em Frankfurt, Evans disse também esperar que a taxa de desemprego dos EUA permaneça num nível ligeiramente abaixo de 4% e previu que a inflação se moverá gradualmente para a meta de 2% do Fed nos próximos anos.

Evans, que vota nas reuniões de política monetária do Fed em 2019, disse que, para manter a economia no curso atual, ele teve de revisar sua perspectiva para a principal taxa de juros do BC americano. O Fed já cortou sua taxa básica duas vezes este ano e Evans votou a favor das reduções.

Evans agora acredita que é preciso manter o juro básico 50 pontos-base abaixo da chamada taxa neutra. Anteriormente, ele achava que o ideal seria manter o juro 50 pontos-base acima da taxa neutra.

"Essa postura mais acomodatícia é necessária para sustentar uma perspectiva de crescimento mais ou menos similar a que eu tinha previsto antes e, o que é mais importante, levar a inflação com maior segurança a atingir nossa meta assimétrica de 2% dentro de um período razoável", afirmou Evans.

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