Obama: os republicanos já haviam declarado hoje sua renúncia a exigir contrapartidas para elevar o teto da dívida, um anúncio surpreendente (JEWEL SAMAD/AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às 06h45.
Washington - A Câmara de Representantes aprovou nesta terça-feira que se eleve o teto da dívida americana até 15 de março de 2015, uma medida que ainda deve ser ratificada pelo Senado para descartar qualquer risco de suspensão de pagamentos.
A medida foi adotada por 221 votos contra 201, contando com o apoio de quase todos os democratas e de apenas 28 republicanos. O texto deverá ser adotado definitivamente pelo Congresso até 27 de fevereiro.
Os republicanos, que dominam a Câmara de Representantes, já haviam declarado hoje sua renúncia a exigir contrapartidas para elevar o teto da dívida, um anúncio surpreendente assimilado como uma capitulação frente ao presidente Barack Obama.
Encurralados, deixaram que a votação seguisse, embora a maioria tenha votado contra.
O limite legal da dívida, suspenso em outubro após uma dura queda de braço parlamentar, foi reativado na sexta-feira até US$ 17,211 trilhões. O Tesouro advertiu que não poderia aguentar até 27 de fevereiro, sem uma nova autorização para tomar empréstimos por parte do Congresso. Nessa data, teria início a suspensão dos pagamentos, com o calote do governo.
Ao renunciar à confrontação, os republicanos fecham um capítulo doloroso dos últimos três anos. Em cada sessão sobre o tema da dívida, insistiam em obter concessões para a redução dos gastos da polêmica reforma do sistema de saúde de Barack Obama.
"Os Estados Unidos não têm outra opção a não ser pagar suas contas", declarou o democrata Steny Hoyer nesta terça.