Economia

EUA ampliam isenção de sanções contra Irã sob acordo nuclear

As ações do Departamentos de Estado e do Tesouro pareciam indicar uma posição dura sobre o Irã, mesmo com Trump dando continuidade ao acordo

Governo Trump: algumas dessas isenções teriam terminado nessa semana se Trump não tivesse decidido renová-las novamente (Yuri Gripas/Reuters)

Governo Trump: algumas dessas isenções teriam terminado nessa semana se Trump não tivesse decidido renová-las novamente (Yuri Gripas/Reuters)

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Reuters

Publicado em 17 de maio de 2017 às 18h14.

Washington - O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estendeu nesta quarta-feira o alívio de sanções ao Irã como parte do pacto nuclear acertado em 2015, embora ele tenha imposto punições limitadas contra figuras iranianas e chinesas por apoiar o programa iraniano de mísseis balísticos.

As ações anunciadas pelos Departamentos de Estado e do Tesouro pareciam indicar uma posição dura sobre o Irã, mesmo com Trump dando continuidade ao pacto do ex-presidente Barack Obama, no qual o Irã concordou em limitar seu programa nuclear em troca de alívio nas sanções.

Apesar de Trump ter criticado duramente o acordo nuclear do Irã quando era candidato, chegando a dizer que iria "desmantelar o desastroso acordo com o Irã", as medidas adotadas nesta quarta-feira demonstraram que ele decidiu, pelo menos por enquanto, mantê-lo.

Separadamente, o Departamento do Tesouro disse que aplicou sanções contra dois altos funcionários iranianos de defesa, uma empresa iraniana, um chinês e três empresas chinesas por apoiarem o programa iraniano de mísseis balísticos.

A punição bloqueia quaisquer ativos que esses indivídios e empresas possam ter nos Estados Unidos e impede norte-americanos e não-norte-americanos de fazerem negócios com eles, correndo o risco de serem incluídos na lista negra pelos EUA.

O governo do ex-presidente Obama renovou uma série de isenções para sanções dos EUA ao Irã em meados de janeiro de 2017, logo antes de deixar o cargo.

Algumas dessas isenções teriam terminado nessa semana se Trump não tivesse decidido renová-las novamente.

As isenções vêm antes da eleição presidencial do Irã na sexta-feira, na qual o presidente Hassan Rouhani, um clérigo pragmático cujo governo negociou o acordo nuclear, está enfrentando um opositor conservador e tentando convencer os eleitores de que pode cumprir as promessas de crescimento econômico.

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