Economia

‘Eu vou fazer tudo que for necessário para cumprir as metas estabelecidas pelo governo’, diz Haddad

A afirmação foi feita quando o ministro da Fazenda foi questionado se seriam necessárias novas medidas de ajuste fiscal para equilibrar as finanças públicas

Haddad: segundo o ministro da Fazenda, a economia brasileira deve crescer 2,5% em 2025 mesmo com juros altos.  (Agência Brasil)

Haddad: segundo o ministro da Fazenda, a economia brasileira deve crescer 2,5% em 2025 mesmo com juros altos. (Agência Brasil)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 12 de maio de 2025 às 10h28.

Última atualização em 12 de maio de 2025 às 11h42.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda, 12, que fará tudo o que for necessário para cumprir as metas fiscais estabelecidas pelo governo. A afirmação foi feita quando Haddad foi questionado se seriam necessárias novas medidas de ajuste fiscal para equilibrar as finanças públicas.

“Eu vou fazer tudo que for necessário para cumprir as metas estabelecidas pelo governo para que as coisas se acomodem no patamar que considero satisfatório para que a economia possa crescer com distribuição de renda”, disse Haddad, em entrevista ao UOL.

Economistas têm sinalizado que o governo precisa aprovar novas medidas para reduzir o ritmo de crescimento das despesas e da dívida pública. Haddad, por outro lado, tem se comprometido em cumprir as metas fiscais, mas tem evitado comentar se novas medidas serão necessárias para que os objetivos sejam cumpridos.

Juros altos

Segundo o ministro da Fazenda, mesmo com os juros altos, a economia brasileira registrará crescimento em 2025.

"Eu acredito que nós podemos concluir os quatro anos do mandato do presidente Lula com uma taxa média de crescimento de 3%. Eu penso que esse ano, mesmo com juro alto, vamos crescer em torno de 2,5%, o que juntando com os outros dois anos, dá mais do que 3%", disse.

Os juros altos, afirmou Haddad, decorrem da atuação do Banco Central (BC) para combater a inflação e de uma política fiscal que busca atingir as metas.

“O que domesticamente precisa ser feito é cumprir as metas fiscais e o trabalho do Banco Central. Você não vai corrigir a inflação por outro caminho, do ponto de vista macroeconômico”, disse.

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