Guedes: ministro afirmou que a reforma administrativa "está andando" (Andre Coelho/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 22 de novembro de 2019 às 12h22.
Última atualização em 22 de novembro de 2019 às 12h46.
Rio de Janeiro — O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira que a economia brasileira já cresce "bem acima" de 1% na margem e destacou que a aceleração da atividade, aliada aos juros baixos, vai "disparar" os investimentos de longo prazo no país.
"Estou energizado pelo o que está acontecendo, eu mesmo tinha dúvidas do quão rápido ia acontecer", afirmou Guedes a uma plateia de empresários no Encontro Nacional de Comércio Exterior (ENAEX) de 2019.
Segundo o ministro, em 2020, o país "seguramente" vai crescer mais do que o dobro deste ano.
A melhora vem apoiada, principalmente, numa série de reformas — com destaque para a da Previdência, que já foi aprovava no Congresso — que visam melhorar a trajetória da dá dívida do país, que vem limitando o Orçamento da União e impedindo que o país gere investimentos.
O Brasil está no caminho certo com a ajuda de um Congresso que abraçou a pauta de reformas como a da Previdência e com redução de juros, afirmou o ministro em discurso. "Estamos no caminho certo, tenho cada vez mais convicção de que vai dar tudo certo", disse a um plateia de empresários no Rio.
Ao fazer uma retrospectiva do primeiro ano à frente da pasta, Guedes destacou que a aprovação da reforma da Previdência derrubou a primeira torre de descontrole de gastos no País.
Outro ponto importante, destacou, foi a redução das despesas com juros, na casa dos R$ 100 bilhões. "O juro já caiu para 5% (ao ano) e vai continuar caindo mais pra frente", disse. "O juro real está descendo, vai continuar descendo, não sabemos onde vai parar", complementou.
A terceira fonte de gastos públicos a ser atacada é o salário do funcionalismo, disse, destacando a reforma administrativa como o próximo capítulo da agenda de reformas.
O ministro considera que a reforma administrativa está andando também, que não se pode deixar "contaminar pelo barulho" e que a disputa entre poderes é normal em uma democracia.
Guedes afirmou ainda que o conjunto de medidas que o governo está tomando - aliado a outras como o choque de energia barata e desburocratização - deve criar condições para que seja deflagrada uma dinâmica virtuosa, disparando o gatilho para o investimento de longo prazo no País.
"Começamos a libertar a economia brasileira desses monopólios estatais. Quando você começa a fazer isso vem interesse de fora e dos próprios empresários brasileiros", afirmou o ministro.