Economia

"Estatais não ficarão fora do arcabouço fiscal", diz Fernando Haddad

Ministro da Fazenda esclareceu pontos que considerou importante sobre as pautas econômicas do governo durante entrevista à imprensa

Fernando Haddad em NY na saida do hotel aonde Lula teve agenda com Biden

Foto: Leandro Fonseca
data: 20/09/2023 (Leandro Fonseca/Site Exame)

Fernando Haddad em NY na saida do hotel aonde Lula teve agenda com Biden Foto: Leandro Fonseca data: 20/09/2023 (Leandro Fonseca/Site Exame)

Publicado em 16 de outubro de 2024 às 12h11.

Última atualização em 16 de outubro de 2024 às 12h39.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que as empresas estatais não irão ficar fora do arcabouço fiscal. Em entrevista para jornalistas na manhã desta quarta-feira, 16, enquanto deixava a sede do ministério, o chefe da pasta esclareceu que "não há hipótese de isso acontecer" e pontuou que o objetivo do governo federal é reduzir o aporte financeiro para essas empresas públicas.

"O objetivo é fazer com que que a estatal não dependa de recursos orçamentários. Nós estamos explorando a possibilidade de reduzir o aporte financeiro para essas estatais que tem condições de se 'emanciparem financeiramente' do orçamento federal", disse Haddad.

De janeiro a agosto deste ano, as empresas estatais acumularam um déficit de R$ 7,2 bilhões, segundo o relatório de estatísticas fiscais do Banco Central. Trata-se do maior rombo na série histórica iniciada em 2002.

Ao falar sobre o desenvolvimento do projeto do arcabouço fiscal, o ministro disse que haverá um anúncio quando o governo estiver alinhado sobre o tema.

"O modelo esta avançado. Temos um desenho de propostas consistentes para que o arcabouço fiscal tenha vida longa, que é o que nós precisamos garantir nesse momento.  Vida longa ao arcabouço fiscal para que não paire mais incertezas sobre as finanças públicas do Brasil", enfatizou o chefe da Fazenda.

Reunião com Febraban

Durante suas declarações, Haddad também esclareceu pontos que considerou importantes a respeito do encontro marcado para hoje entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), pontuando que se trata de uma agenda institucional.

"O encontro com a Febraban pretende discutir tributação. O presidente tem se reunido com setores importantes da economia e havia  esse pedido da Federação solicitando essa audiência. O tema é o mesmo que orientou todos os encontros até agora: fazer um balanço dos avanços. Quais são as perspectivas e pontos de alerta", afirmou o ministro da Fazenda. "Não há uma agenda especifica como bets ou impostos."

Entre os participantes da reunião estão:

  • Isaac Sidney, presidente da Febraban
  • Luiz Trabuco, presidente do Conselho Diretor da Febraban e presidente do Conselho de Administração do Bradesco
  • Marcelo Noronha, presidente do Bradesco
  • Milton Maluhy, presidente do Itaú Unibanco
  • Mário Leão, presidente do Santander
  • André Esteves, presidente do Conselho de Administração do BTG Pactual
  • Alberto Monteiro, presidente do Safra
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