Economia

Estatais federais registram déficit recorde de R$ 6 bi em 2024 até novembro

Só em novembro, o rombo registrado foi de R$ 1,589 bilhão

O déficit acumulado em 2024 é 183% maior do que o mesmo período do ano passado, quando o rombo foi de R$ 3,211 bilhões (Elza Fiúza/Agência Brasil)

O déficit acumulado em 2024 é 183% maior do que o mesmo período do ano passado, quando o rombo foi de R$ 3,211 bilhões (Elza Fiúza/Agência Brasil)

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Publicado em 30 de dezembro de 2024 às 11h27.

As estatais federais registraram um déficit primário recorde no acumulado de 2024 até novembro, de R$ 6,041 bilhões, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Banco Central. A série histórica foi iniciada em dezembro de 2001. De janeiro a novembro de 2023, o déficit era de R$ 343 milhões.

Só em novembro, o rombo registrado foi de R$ 1,589 bilhão. O dado só contabiliza as empresas públicas independentes do Tesouro Nacional, sem considerar as estatais financeiras, como Banco do Brasil e Caixa, e a Petrobras.

O resultado primário das estatais federais, estaduais e municipais também renovou o recorde negativo no acumulado do ano até novembro. O déficit foi de R$ 9,108 bilhões. Esse é o maior saldo negativo registrado para o período em toda a série histórica iniciada em 2012 pelo Banco Central.

O déficit acumulado em 2024 é 183% maior do que o mesmo período do ano passado, quando o rombo foi de R$ 3,211 bilhões.

O governo federal argumenta que o resultado primário não é o melhor parâmetro para avaliar empresas, que devem ser analisadas pelo lucro ou prejuízo registrado no período. Isso porque as empresas podem usar recursos que estão em caixa de anos anteriores para fazer investimentos, enquanto o resultado primário só considera as receitas e despesas do mesmo exercício.

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