Desemprego: país perdeu mais de 1 milhão de vagas de emprego formal entre março e abril (Mario Tama/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de maio de 2020 às 14h55.
Última atualização em 27 de maio de 2020 às 17h08.
Apesar da eliminação de mais de 1,1 milhão de empregos entre março e abril, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, disse que o "copo está meio cheio" e que empregos estão sendo preservados com as medidas como suspensão de salários e redução de jornada. "Desemprego não é algo para comemorar, a preservação de empregos é comemorável. O copo está meio cheio, estamos preservando emprego e renda", afirmou.
Bianco reconheceu que os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que apontou a redução de 860.503 postos de trabalho, são duros e refletem a pandemia do coronavírus. "O Brasil está conseguindo preservar empregos, mas não manter nível de contratação", completou.
De acordo com o secretário, os dados do Caged ajudarão o governo a formatar uma nova fase de políticas públicas, que será para estimular contratações. Ele não detalhou medidas.
O secretário de Trabalho, Bruno Dalcolmo, afirmou que, apesar do saldo negativo, não houve explosão de demissões no Brasil como houve em outros países.
Até 26 de maio, 8,154 milhões de trabalhadores foram atingidos com medidas como suspensão do contrato ou redução do salário e jornada.
O Caged não havia sido divulgado desde janeiro, quando migrou para o eSocial. As empresas relatavam dificuldades no preenchimento que, depois, foram agravadas com o fechamento de escritórios por conta da pandemia.
De acordo com Bianco, os dados do "novo Caged", informados no eSocial, são mais seguros e preenchidos de maneira simplificada.