Economia

Estamos perto de ver o topo da inflação, diz Campos Neto

Campos Neto também indicou que o BC deve piorar sua projeção para o crescimento do produto interno bruto (PIB) em 2022

 (Marcos Oliveira/Agência Senado)

(Marcos Oliveira/Agência Senado)

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Reuters

Publicado em 26 de novembro de 2021 às 12h36.

Última atualização em 26 de novembro de 2021 às 13h23.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta sexta-feira que o pico da inflação está próximo, após o BC ter errado em seus prognósticos de que isso aconteceria em setembro, pontuando que haverá melhora a partir do ano que vem.

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Ao participar de evento virtual com empresas do mercado imobiliário promovido pelo Secovi-SP, ele afirmou que o BC imaginava "em algum momento" que o auge da inflação ocorreria em setembro, mas isso não ocorreu em razão dos "choques de energia [que] vieram de forma consecutiva, surpreendendo a todos" e do aumento da gasolina subindo na bomba puxado pelo etanol.

"A gente acabou tendo elemento de energia... surpreendendo mais e espalhando mais nas cadeias", disse.

"A gente acha que está perto, olhando 12 meses, de ver o topo [da inflação] e a gente entende que a partir do ano que vem vai ver uma melhora", complementou.

Durante sua participação, Campos Neto também indicou que o BC deve piorar sua projeção para o crescimento do produto interno bruto (PIB) em 2022, mas não na magnitude apontada pelo mercado em suas últimas estimativas.

A última conta do BC, de alta de 2,1%, será provavelmente revista para baixo, disse, "mas não tão baixo" como a mediana em expectativas de agentes do mercado.

No último boletim Focus, a perspectiva do mercado era de crescimento de apenas 0,7% para a economia brasileira no ano que vem.

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