Economia

Estados Unidos mantêm sanções contra venezuelanos

Os Estados Unidos aplicaram mais sanções após o reeleição de Maduro na Venezuela

Venezuela: o governo Maduro está deixando os venezuelanos passarem fome, disse Cruz (NatanaelGinting/Thinkstock)

Venezuela: o governo Maduro está deixando os venezuelanos passarem fome, disse Cruz (NatanaelGinting/Thinkstock)

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AFP

Publicado em 25 de maio de 2018 às 15h20.

Os Estados Unidos continuarão aplicando sanções a determinados funcionários venezuelanos - declarou o chefe de Assuntos Latino-Americanos no Conselho de Segurança Nacional, Juan Cruz, acrescentando que os EUA buscarão ser "muito cuidadosos" para evitar agravar a situação da população em geral.

Segundo Cruz, é o governo de Nicolás Maduro que "está deixando os venezuelanos passarem fome".

"Não somos nós, mas não queremos contribuir para isso", afirmou.

"O problema com a ideia de 'sanções petroleiras' é que, para nós, isso significa possivelmente 36 diferentes tipos de sanções. Temos de ser muito cuidadosos. E algo que sempre debatemos é o efeito que podem ter sobre os venezuelanos", disse Cruz, em uma rara aparição pública no Council of the Americas.

Além disso - acrescentou -, a Casa Branca considera que, se forem aplicadas sanções contra "todos os cidadãos venezuelanos que merecem ser sancionados", especialmente no alto escalão do governo, "as medidas perderão muito de seu impacto".

O governo de Donald Trump manterá, porém, as sanções a funcionários específicos por atos de corrupção, completou Cruz. "Vamos ser tão criativos quanto for necessário", assegurou.

"Queremos fazer que o mundo seja menor, de forma que, se alguém estiver roubando dinheiro, seja mais difícil que possa viajar para gastá-lo, que seja mais difícil que tenha acesso, ou que seus familiares tenham acesso a esses recursos", explicou.

Em seu breve discurso desta sexta, Cruz também enviou uma clara advertência aos países latino-americanos por ocasião da próxima Assembleia Geral da OEA, onde o tema da Venezuela deverá ser central.

"Será uma boa oportunidade para ver que país se põe ao lado da democracia e da decência, e qual país escolhe o lado da armadilha e da mentira. Estaremos observando e tomando notas", alertou.

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