Economia

Estados Unidos e México iniciam conversas sobre tarifas e imigração

Na semana passada, Trump ameaçou impor tarifas de 25% a importações mexicanas até outubro, caso o governo mexicano não resolva a questão da imigração ilegal

Trump: o presidente americano alega que o México tira vantagem dos EUA há décadas (Drew Angerer/Getty Images)

Trump: o presidente americano alega que o México tira vantagem dos EUA há décadas (Drew Angerer/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de junho de 2019 às 10h16.

Washington - Funcionários de alto escalão dos governos dos Estados Unidos e do México vão iniciar conversas nesta segunda-feira numa tentativa de reverter a ameaça do presidente Donald Trump de impor tarifas a produtos mexicanos se o aliado do sul não se esforçar para conter o fluxo de imigrantes ilegais que atravessam a fronteira.

Em tuíte publicado ontem, Trump mencionou que uma grande delegação mexicana seria enviada a Washington para iniciar negociações, mas queixou-se de que ambos os lados já vêm conversando há 25 anos. "Queremos ação, não conversa", disse o presidente na ocasião.

Trump, que começou hoje uma visita oficial de três dias ao Reino Unido, não vai participar das negociações.

Hoje, a ministra de Economia mexicana, Graciela Márquez, deverá se reunir com o Secretário de Comércio americano, Wilbur Ross. Na quarta-feira (05), delegações lideradas pelo Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e pelo ministro de Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, terão reunião em Washington.

Na última quinta-feira (30), Trump ameaçou impor tarifas iniciais de 5% a importações vindas do México, a partir do dia 10. A ideia é elevar as tarifas gradualmente até o patamar de 25%, em outubro, se o governo mexicano não resolver a questão da imigração ilegal.

Trump alega que o México tira vantagem dos EUA há décadas, mas que esse "abuso" irá acabar quando ele passar a tarifar produtos do país.

Parlamentares do Partido Republicano de Trump alertam que a iniciativa do presidente pode atrapalhar esforços de atualizar o acordo comercial entra EUA, México e Canadá. Para o senador John Kennedy (Louisiana), por exemplo, a tarifa contra o México é um "erro" e é improvável que o presidente a adote. Fonte: Associated Press.

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