Economia

Espanha e Portugal reiteram apoio a acordo entre UE e Mercosul

De acordo com fontes oficiais, essa posição foi respaldada por Temer, que desde que assumiu o poder colocou essas negociações entre suas prioridades

Mercosul: a negociação para um acordo de livre-comércio com a União Europeia se arrasta sem sucesso desde 1999 (Norberto Duarte/AFP)

Mercosul: a negociação para um acordo de livre-comércio com a União Europeia se arrasta sem sucesso desde 1999 (Norberto Duarte/AFP)

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EFE

Publicado em 5 de março de 2018 às 15h05.

Última atualização em 5 de março de 2018 às 16h13.

Brasília - O presidente do Governo da Espanha, Mariano Rajoy, e o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, se comunicaram nesta segunda-feira o presidente Michel Temer para reiterar seu apoio às negociações comerciais entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, informaram fontes oficiais.

Segundo a Presidência da República, tanto Rajoy quanto Costa tomaram a iniciativa de se comunicar por telefone com Temer e "reiterar seu interesse em superar as últimas diferenças para que o acordo entre a UE e o Mercosul seja alcançado no menor prazo" possível.

De acordo com fontes oficiais, essa posição foi respaldada por Temer, que desde que assumiu o poder, em meados de 2016, colocou essas negociações entre as principais prioridades de sua política externa.

A negociação para um acordo de livre-comércio entre os dois blocos se arrasta sem sucesso desde 1999 e, embora no final do ano passado tenha havido nova troca de ofertas, as conversas se mantêm estagnadas por divergências em diversos âmbitos, mas principalmente no campo da agropecuária.

As pressões mais visíveis contra um acordo são exercidas na Europa pelos agricultores franceses, embora também exista uma forte resistência na Irlanda e na Polônia.

Os quatro membros do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), por sua vez, sustentam que não será possível um acordo se não for incluído um amplo acesso ao mercado europeu para seus produtos agropecuários, entre os quais estão os biocombustíveis.

A última rodada de negociações foi realizada na semana passada no Paraguai, que atualmente exerce a presidência semestral do bloco sul-americano, e terminou sem avanços e com a promessa de novas reuniões nas próximas semanas.

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