Economia

Espanha descarta usar remanescente de ajuda da UE em resgate

Responsável econômico do governo espanhol assegurou também que essa quantia será 'substancialmente menor aos 100 bilhões'


	Mario Draghi, presidente do BCE: Draghi propôs recentemente que esta instituição possa comprar diretamente dívida dos países com dificuldades para financiar-se nos mercados
 (Johannes Eisele/AFP)

Mario Draghi, presidente do BCE: Draghi propôs recentemente que esta instituição possa comprar diretamente dívida dos países com dificuldades para financiar-se nos mercados (Johannes Eisele/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2012 às 11h39.

Madri - O ministro de Economia da Espanha, Luis de Guindos, disse neste sábado que a linha de crédito de até 100 bilhões de euros que a União Europeia (UE) destinará a sanear o sistema financeiro espanhol será utilizada 'estritamente para a recapitalização dos bancos'.

O responsável econômico do governo espanhol assegurou também que essa quantia será 'substancialmente menor aos 100 bilhões', o máximo concedido pelo grupo de países que compartilham a moeda única europeia.

Neste sentido, especificou que o montante da linha de crédito que finalmente será utilizado para a recapitalização será similar ao antecipado pela empresa de consultoria Oliver Wyman, em torno dos 60 bilhões de euros.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, propôs recentemente que esta instituição possa comprar diretamente dívida dos países com dificuldades para financiar-se nos mercados.

De Guindos assegurou que 'o resgate não está mais perto nem mais longe hoje do que estava ontem'.

'A Espanha fará o que tenha que fazer sem precipitar-se, com o conhecimento de todos os elementos envolvidos neste tipo de operações', ressaltou.

O ministro da Economia especificou também que 'a negociação de uma linha de crédito não tem a ver com o Plano Nacional de Reformas que o governo aprovará nos próximos dias' e que contará com medidas que fomentem o crescimento econômico, a competitividade e a exportação.

De Guindos fez estas declarações após uma reunião com os dirigentes provinciais do governante Partido Popular (PP) hoje em Madri.

A empresa de consultoria Oliver Wyman já divulgou às entidades financeiras espanholas suas necessidades de capital, dados que serão apresentados oficialmente na próxima sexta-feira e com os quais o governo espanhol concretizará a ajuda definitiva que pedirá a seus sócios europeus para sanear o setor.

A partir dessa data, as entidades com um déficit de capital terão 15 dias para apresentar perante o supervisor seus planos.

Antes, e segundo as mesmas fontes, no início da semana, a 'troika' - formada pela Comissão Europeia, o BCE e o Fundo Monetário Internacional (FMI)- se reunirá com membros do Ministério da Economia e do Banco Central da Espanha. 

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