Economia

Espanha convoca consultoras para avaliar bancos

Objetivo da iniciativa é aumentar a transparência e espantar de forma definitiva qualquer dúvida existente sobre a avaliação dos ativos bancários no país

Ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, assegurou hoje que os bancos espanhóis não precisam de ajuda externa para culminar seu saneamento (Pablo Blazquez/Getty Images)

Ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, assegurou hoje que os bancos espanhóis não precisam de ajuda externa para culminar seu saneamento (Pablo Blazquez/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2012 às 21h55.

Madri - O governo espanhol incumbiu as consultoras Roland Berger e Oliver Wyman da avaliação dos balanços dos bancos do país, exame que deve estar concluído na segunda metade de junho.

O Ministério de Economia da Espanha informou nesta segunda-feira em comunicado a designação destas duas consultoras internacionais, que serão contratadas pelo Banco Central da Espanha.

O objetivo da iniciativa, solicitada pela União Europeia (UE), é aumentar a transparência e espantar de forma definitiva qualquer dúvida existente sobre a avaliação dos ativos bancários na Espanha, assinalou o Ministério da Economia.

Em uma primeira fase, as consultoras avaliarão de forma geral os balanços bancários das entidades espanholas e sua capacidade de resistência perante um cenário adverso.

Estes primeiros resultados serão divulgados na segunda quinzena de junho.

Porém, o projeto de avaliação dos bancos espanhóis contempla outra fase para contrastar as perdas esperadas pela deterioração de ativo de cada banco.

Segundo o Ministério da Economia, essa tarefa levará mais tempo e o resultado será anunciado ''nos próximos meses''.


Para coordenar este trabalho foi criado um comitê de assessoria que será presidido pelo secretário de Estado de Economia, Fernando Jiménez Latorre.

O ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, assegurou hoje que os bancos espanhóis não precisam de ajuda externa para culminar seu saneamento e que, em caso contrário, o capital necessário seria fornecido pelo próprio Estado através do organismo público Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária (FROB).

O ministro afirmou também que ''o governo quer eliminar todas as dúvidas e as possíveis percepções negativas que existem sobre a situação dos bancos espanhóis'' e ressaltou que ''a impressão é pior que a realidade.

''Fizemos um esforço enorme de saneamento, tal como evidencia um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) que se tornará público nos próximos dias'', disse De Guindos.

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