Economia

Espaço para queda do preço da gasolina se acentua; redução poderia ser de R$ 0,46 o litro

De acordo com a Abicom, há 72 dias sem reajuste nas refinarias da Petrobras, a gasolina está 17% mais cara e o diesel, reajustado há 17 dias, 12% acima do Golfo do México.

Gasolina:  (Bloomberg/Getty Images)

Gasolina: (Bloomberg/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 15 de maio de 2023 às 13h59.

Última atualização em 15 de maio de 2023 às 14h00.

A diferença entre o preço da gasolina e do diesel no Brasil e no mercado internacional se acentuou no último dia 12, com os dois combustíveis custando mais caro no Brasil do que no exterior. De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), há 72 dias sem reajuste nas refinarias da Petrobras, a gasolina está 17% mais cara e o diesel, reajustado há 17 dias, 12% acima do Golfo do México.

"Com a estabilidade no câmbio e a ligeira redução nos preços de referência do óleo diesel e da gasolina no mercado internacional no fechamento de ontem, nas contas da Abicom, o cenário médio de preços está acima da paridade para o óleo diesel e para a gasolina", disse a entidade em nota, ressaltando que o cenário abre oportunidade para importação.

Na Refinaria de Mataripe, na Bahia, que reajusta semanalmente seus preços de acordo com a paridade de importação (PPI), essas diferenças são de 5% para a gasolina e de 2% para o diesel.

De acordo com a Abicom, a Petrobras poderia reduzir o preço de venda nas refinarias em R$ 0,46 o litro e o diesel em R$ 0,36 o litro.

Petrobras estuda mudança da política de preços

A partir desta semana, a estatal avalia uma nova estratégia de preços para seus produtos, que deve abolir o PPI - que já não vinha sendo utilizado pelo governo anterior -, e passar a fazer reajustes regionais, levando em conta a produção interna e a necessidade de importação.

O preço do petróleo vem caindo há quatro semanas seguidas, ainda influenciado pelos temores de uma demanda menor do que a esperada nas economias norte-americana e chinesa. Nesta segunda-feira, 15, porém, a commodity ensaia uma pequena recuperação, em alta de 0,11% e cotada a US$ 74,25 o barril.

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