Economia

Escala 6x1: favorito para presidência da Câmara defende 'ouvir os dois lados'

Motta disse ainda não ter uma opinião formada sobre a proposta da deputada Erika Hilton de reduzir a jornada semanal para quatro dias de trabalho com limite de 36 horas

Hugo Motta: debate sobre a PEC que propõe o fim da escala 6x1 no trabalho (Mário Agra/Agência Câmara)

Hugo Motta: debate sobre a PEC que propõe o fim da escala 6x1 no trabalho (Mário Agra/Agência Câmara)

Agência o Globo
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Publicado em 12 de novembro de 2024 às 16h54.

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Favorito para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) disse se preocupar com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da escala 6x1, ou seja, a jornada de seis dias consecutivos de trabalho com um de descanso. Motta defendeu a importância de um amplo diálogo para se chegar a um texto final sobre o tema.

Pela legislação em vigor, a carga horária de trabalho no Brasil prevê um expediente de até oito horas diárias e 44 horas semanais. A deputada Érika Hilton (PSOL-SP) sugere que o limite seja reduzido para 36 horas semanais, sem alterar a carga máxima diária de oito horas e sem redução salarial.

“Me preocupa muito, por exemplo, essa PEC agora recentemente apresentada, essa 6 por 1, onde se criou um verdadeiro movimento nas redes sociais a favor da PEC, que é um tema que nós temos e nós vamos discutir, mas não ouvindo apenas um lado. Nós temos que ouvir, também, quem emprega. Nós temos que ouvir os dois lados, para que, a partir daí, nós não venhamos a ter o avanço de uma pauta que possa amanhã ser danosa ao Brasil”, disse o parlamentar.

Motta pede maturidade e equilíbrio no debate parlamentar

Motta afirmou ainda não ter uma opinião formada sobre a proposição. “Não estou aqui dizendo que sou a favor ou contra. Estou dizendo que o Parlamento tem que, na sua maturidade, discutir esses temas e discutir respeitando quem pensa o contrário. A Câmara não pode se transformar em uma Casa onde o debate fique prejudicado, às vezes por agressões pessoais e verbais, que em nada contribuem.”

Entre os argumentos defendidos pela deputada Érika Hilton, está a ideia de que a PEC reflete um movimento global em direção a modelos de trabalho mais flexíveis para os trabalhadores. A medida, segundo a parlamentar, está alinhada aos princípios de justiça social e desenvolvimento sustentável.

Movimento Vida Além do Trabalho: apoio à mudança

A mudança na Constituição defendida por Érika Hilton encabeça a bandeira do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que ganhou força nas redes no ano passado. Seu fundador, Rick Azevedo, foi o vereador mais votado do PSOL na cidade do Rio de Janeiro.

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