Economia

Equador ignora acordo com Opep e deve elevar produção de petróleo

Segundo autoridades, devido a dificuldades financeiras o país não cumprirá mais o acordo para corte de produção feito pelo bloco petroleiro

Petróleo: o nível de cumprimento do Equador com as reduções foi de 60 por cento, colocando a produção atual em 545 mil barris por dia (bpd) (Thinkstock/Thinkstock)

Petróleo: o nível de cumprimento do Equador com as reduções foi de 60 por cento, colocando a produção atual em 545 mil barris por dia (bpd) (Thinkstock/Thinkstock)

R

Reuters

Publicado em 18 de julho de 2017 às 11h29.

Quito - O Equador, membro da Opep, não cumprirá mais o acordo para corte de produção feito pelo bloco devido a dificuldades financeiras e planos para aumentar sua produção gradualmente, disse nesta segunda-feira o ministro do Petróleo equatoriano, Carlos Perez.

Ele afirmou que o nível de cumprimento do Equador com as reduções foi de 60 por cento, colocando a produção atual em 545 mil barris por dia (bpd).

"Precisamos de fundos e, por essa razão, tomamos a decisão de aumentar a produção gradualmente, embora não até seu potencial", disse Perez em uma entrevista televisionada.

O país tem um déficit fiscal que chegará a 7,5 por cento de seu PIB este ano, segundo o governo, que ainda sofre com a queda global nos preços do petróleo.

Sob o acordo entre os membros da Opep e outros produtores, liderados pela Rússia, o país sul-americano concordou em contribuir com uma redução de 26 mil barris por dia em sua produção de petróleo.

"Infelizmente, estamos reduzindo atualmente 16 mil bpd. Não estamos cumprindo com a cota imposta devido às necessidades óbvias do país", destacou Perez.

Acompanhe tudo sobre:EquadorIndústria do petróleoOpepPetróleo

Mais de Economia

Qual estado melhor devolve à sociedade os impostos arrecadados? Estudo exclusivo responde

IPCA-15 de novembro sobe 0,62%; inflação acumulada de 12 meses acelera para 4,77%

Governo corta verbas para cultura via Lei Aldir Blanc e reduz bloqueio de despesas no Orçamento 2024

Governo reduz novamente previsão de economia de pente-fino no INSS em 2024