Economia

EPE prevê ter contratado 99,7% da demanda para 2017

O volume de energia a ser entregue em 2017 foi contratado no leilão A-5 realizado em 2012 e no leilão A-3 de hoje


	Eletricidade: o leilão A-3 foi concluído com preço de energia a R$ 126,18 por MWh
 (REUTERS/Paulo Santos)

Eletricidade: o leilão A-3 foi concluído com preço de energia a R$ 126,18 por MWh (REUTERS/Paulo Santos)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2014 às 13h56.

São Paulo - O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, revelou, nesta sexta-feira, 6, que, após o leilão de hoje, o governo já contratou o equivalente a 99,7% da energia necessária para atender o mercado de 2017.

O volume de energia a ser entregue em 2017 foi contratado no leilão A-5 realizado em 2012 e no leilão A-3 de hoje.

"Falamos de uma previsão porque não sabemos exatamente qual será o crescimento da demanda, mas acreditamos que já se tenha 99,7% contratado do que é necessário para 2017", afirmou Tolmasquim.

O executivo ponderou, contudo, que o número é apenas uma estimativa, com base na projeção do mercado para 2017. As empresas podem solicitar até 5% acima da energia contratada.

"Não sabemos quanto (da demanda projetada) é demanda e quanto é a mais", destacou Tolmasquim, que classificou o leilão de hoje como "satisfatório".

O leilão A-3 foi concluído com preço médio de energia a R$ 126,18 por megawatt-hora (MWh), o que representa um deságio médio de 1,37% em relação ao valor de referência estabelecido no início do certame.

Foram comercializados 80,645 milhões de MWh, com um valor contratado total de R$ 10,175 bilhões e um investimento estimado em R$ 3,742 bilhões em 22 projetos. A maior fatia, no valor de R$ 1,591 bilhão, será alocada na expansão de Santo Antônio.

Além da hidrelétrica, o leilão resultou na contratação de energia de 21 projetos. São 11 projetos localizados em Pernambuco, cinco no Ceará, três no Rio Grande do Norte, dois no Rio Grande do Sul e Santo Antônio, em Rondônia.

Como o projeto tinha capacidade de 418 MW de capacidade, Rondônia ficou com a maior parte da potência contratada, com 417,6 MW (43% do total).

Na sequência aparecem Pernambuco (302 MW), Ceará (117 MW), Rio Grande do Norte (84 MW) e Rio Grande do Sul (48 MW), totalizando 551 MW de potência em projetos eólicos (57% do total). O leilão movimentou potência de 968,6 MW.

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