Economia

Condições iniciais garantem o sucesso do leilão, diz EPE

Segundo o presidente da empresa, o fato de ter uma operadora nacional garante um efeito positivo do leilão para o país


	Maurício Tolmasquim: ele comparou o pré-sal brasileiro à agência espacial americana NASA no sentido de permitir o desenvolvimento de tecnologias em território nacional (José Cruz/ABr)

Maurício Tolmasquim: ele comparou o pré-sal brasileiro à agência espacial americana NASA no sentido de permitir o desenvolvimento de tecnologias em território nacional (José Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2013 às 13h54.

Rio - As condições iniciais estabelecidas pelo governo federal já garantem que a licitação de Libra será um sucesso do ponto de vista do governo, mesmo que seja disputado por só um consórcio.

"O mais importante é que as condições iniciais do leilão garantam o sucesso para a União, que é o bônus de assinatura e o porcentual de óleo que a União vai ficar", analisou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, que chegou no hotel aonde será realizado o leilão de Libra, o primeiro do pré-sal.

Tolmasquim defendeu o fato de a Petrobras ser a operadora exclusiva do pré-sal. Além de permitir que a empresa amplie o conhecimento geológico do pré-sal, essa condição garante que as encomendas de equipamentos e serviços para a exploração dos recursos da região sejam atendidas pela indústria nacional e por universidades brasileiras. "O fato de ter uma operadora nacional garante um efeito positivo para o País", justificou.

Tolmasquim comparou o pré-sal brasileiro à agência espacial americana NASA no sentido de permitir o desenvolvimento de tecnologias em território nacional.

"O pré-sal permitirá desenvolver tanto a parte da pesquisa & desenvolvimento quanto a parte da indústria nacional", afirmou. Se o pré-sal fosse operado por empresas estrangeiras, Tolmasquim argumentou que as pesquisas seriam realizadas por universidades estrangeiras e as encomendas de equipamentos e serviços seriam feitas no exterior.

Apesar das críticas e dos questionamentos, Tolmasquim classificou o dia de hoje como histórico para o Brasil por marcar o início da exploração do pré-sal sob o regime de partilha. "Essa riqueza vai ser muito importante para o País, ainda mais que os recursos estão indo para a educação e será possível alavancar a indústria nacional. É um momento importante e simbólico para o País", afirmou o presidente da EPE, destacando que, pelo modelo de partilha, o petróleo irá pertencer à União, o que irá conferir ao Brasil um novo peso na geopolítica internacional.

Expectativa é boa

O presidente apontado da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), Oswaldo Pedrosa Junior, se mostrou otimista com a realização do leilão da área de Libra, nesta tarde. "A expectativa para o leilão é boa", disse o líder da empresa que vai gerir os contratos de partilha do pré-sal.

Executivos das principais empresas envolvidas continuam reunidos em quartos, no hotel onde será realizada a disputa na zona Oeste do Rio. Representantes da área jurídica de Shell e Total estão no hotel, assim como de CNOOC e CNPC. O leilão deve começar às 15h.

Acompanhe tudo sobre:Campo de LibraLeilõesPré-sal

Mais de Economia

Brasil quer liderar transição circular para crescer e conquistar novos mercados

Residências entrarão no mercado livre de energia elétrica em 2027

Senado aprova lei do licenciamento com emenda que acelera exploração de petróleo na Foz do Amazonas

China pede ‘calma’ para preservar comércio global ainda não afetado pela guerra tarifária