Berlim - Uma mudança radical de combustíveis fósseis para energia de baixa emissão de carbono só reduziria o crescimento econômico mundial em uma pequena porcentagem, mostrou nesta sexta-feira o rascunho de um novo relatório da Organização das Nações Unidas sobre maneiras de lidar com o aquecimento global.
	Muitos governos se queixaram de que uma versão anterior não deixou clara sua estimativa dos custos da energia alternativa, que inclui solar ou eólica, nuclear e de combustíveis fósseis, cujas emissões causadoras do efeito estufa são capturadas e preservadas no subsolo.
	O novo rascunho, que está sendo editado por autoridades do governo e cientistas em Berlim antes de sua publicação no domingo, indica que as perdas econômicas globais seriam pequenas se comparadas aos custos projetados de ondas de calor, enchentes, tempestades e elevações no nível dos oceanos.
	O estudo do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) é um guia essencial para os governos que trabalham em um pacto na Organização das Nações Unidas (ONU) previsto para ser acordado em Paris no fim de 2015 para frear o aquecimento global, que muito provavelmente é causado pelo homem, segundo o painel.
	O novo texto, obtido pela Reuters, diz que ações duras para cortar as crescentes emissões causadoras do efeito estufa iriam desacelerar o consumo mundial de bens e serviços em 0,06 por cento ao ano neste século, em um intervalo de 0,04 a 0,14 por cento.
	Economistas dizem que as mudanças no consumo medidas pelo IPCC são quase idênticas às mudanças segundo o padrão mais tradicional de Produto Interno Bruto. O consumo exclui investimentos incluídos no PIB.
	O rascunho anterior dizia que as perdas de consumo poderiam chegar a 12 por cento até 2100, mas deixou de esclarecer que a cifra é o resultado acumulado de uma pequena redução a cada ano ao longo de um século, em vez de uma indicação de crise econômica em 2100.
	O novo texto também contextualiza que as perdas são pequenas em comparação ao aumento vertiginoso de riqueza - o consumo deve aumentar entre 300 e 900 por cento neste século, afirma.
	Várias nações disseram que as perdas de 12 por cento até 2100 citadas no relatório prévio soaram alarmantes e que queriam mais esclarecimentos.
	A Grã-Bretanha declarou que a cifra "pode ser tirada de contexto facilmente por aqueles que se opõem a uma ação climática", referindo-se aos que não estão convencidos de que as mudanças climáticas são um problema causado pelo homem que exige uma solução urgente.
	O rascunho do IPCC diz que mudanças em investimentos na casa dos trilhões de dólares são necessárias para tornar a energia de baixa emissão de carbono, que hoje representa 17 por cento da matriz energética, a fonte dominante de energia até 2050.
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                    1. Investindo num futuro limpo
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1/16  (Getty Images)
	São Paulo - Com intenções de estabelecer um fundo de financiamento de US$ 2 bilhões para duplicar a presença de fontes 
renováveis na sua matriz energética, os 
EUA são o país mais atraente para receber investimentos em renováveis segundo 
estudo da Ernst & Young.	Atualizado trimestralmente, o Renewable Energy Country Attractiveness Index avalia as barreiras e oportunidades para os investidores externos acessarem o mercado de fontes limpas em 40 países.	Atrasos e cancelamentos de leilões, por exemplo, contribuiram para afastar o 
Brasil do top 10, para a 15ª posição. Veja a seguir o desempenho as nações que ocupam os 15 primeiros lugares e a pontuação (na escala de 0 a 100) para as forças de mercado.
 
                
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                    2. 1 - Estados Unidos
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2/16  (Getty Images)
	Os EUA são o país mais atraente para receber investimento em renováveis, com pontuação total de 71,6. Chama atenção o alto índice de atratividade para investir em energia solar.
| 				Forças de mercado | 				 Índice | 
| 				Estabilidade | 				77.3 | 
| 				Ambiente para negócios | 				71.2 | 
| 				Prioridade para renováveis | 				38.6 | 
| 				Acesso a crédito | 				75.0 | 
| 				Indústria eólica | 				68.0 | 
| 				Indústria solar | 				79.4 | 
| 				Outras fontes | 				52.0 | 
 
                
                  - 
                    3. 2 - China
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3/16  (Getty Images)
	Maior emissor de gases de efeito estufa do mundo,  a China é apontada como o segundo país mais atrativo para receber investimentos em energia renovável.
| 				Forças de mercado | 				Índice | 
| 				Estabilidade | 				66.4 | 
| 				Ambiente para negócios | 				44.2 | 
| 				Prioridade para renováveis | 				58.3 | 
| 				Acesso a crédito | 				62.9 | 
| 				Indústria eólica | 				77.5 | 
| 				Indústria solar | 				78.5 | 
| 				Outras fontes | 				52.0 | 
 
                
                  - 
                    4. 3 - Alemanha
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4/16  (Getty Images)
	Na terceira colocação do ranking, aparece a Alemanha. Sua pontuação total foi de 67. O país tem um índice de atratividade alto em estabilidade interna.
| 				Forças de mercado | 				Índice | 
| 				Estabilidade | 				75.7 | 
| 				Ambiente para negócios | 				61.0 | 
| 				Prioridade para renováveis | 				55.4 | 
| 				Acesso a crédito | 				72.7 | 
| 				Indústria eólica | 				59.9 | 
| 				Indústria solar | 				63.0 | 
| 				Outras fontes | 				45.8 | 
 
                
                  - 
                    5. 4 - Austrália
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5/16  (Wikimedia Commons)
	Já na quarta posição da lista de países mais atraentes para fontes limpas e renováveis, aparece a Austrália, um salto de sete posições em relação ao último ranking. O índice geral de atratividade do país é de 60.6
| 				Forças de mercado | 				Índice | 
| 				Estabilidade | 				85.1 | 
| 				Ambiente para negócios | 				73.0 | 
| 				Prioridade para renováveis | 				53.6 | 
| 				Acesso a crédito | 				65.6 | 
| 				Indústria eólica | 				46.9 | 
| 				Indústria solar | 				57.2 | 
| 				Outras fontes | 				30.1 | 
 
                
                  - 
                    6. 5 - Reino Unido
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6/16  (Getty Images)
	Líder mundial na indústria eólica offshore, o Reino Unido é o quinto país mais atraente para investimentos em fontes "verdes". No índice geral, sua pontuação é de 60.0
| 				Forças de mercado | 				Índice | 
| 				Estabilidade | 				77.8 | 
| 				Ambiente para negócios | 				75.0 | 
| 				Prioridade para renováveis | 				51.2 | 
| 				Acesso a crédito | 				68.7 | 
| 				Indústria eólica | 				59.0 | 
| 				Indústria solar | 				38.7 | 
| 				Outras fontes | 				35.3 | 
 
                
                  - 
                    7. 6 - Japão
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7/16  (Wikimedia Commons)
	O Japão é o sexto país mais atraente para investimento em energia limpa. No índice geral de atratividade, ficou com 59.4 pontos.
| 				Forças de mercado | 				Índice | 
| 				Estabilidade | 				77.1 | 
| 				Ambiente para negócios | 				59.8 | 
| 				Prioridade para renováveis | 				45.1 | 
| 				Acesso a crédito | 				69.9 | 
| 				Indústria eólica | 				44.3 | 
| 				Indústria solar | 				57.1 | 
| 				Outras fontes | 				49.8 | 
 
                
                  - 
                    8. 7 - Canadá
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8/16  (Wikimedia Commons)
	O Canadá se mantém na sétima colocação do ranking de países mais atraentes para investimento em energia renovável. No índice geral, o país faz 57.8 pontos.
| 				Forças de mercado | 				Índice | 
| 				Estabilidade | 				81.3 | 
| 				Ambiente para negócios | 				74.0 | 
| 				Prioridade para renováveis | 				47.8 | 
| 				Acesso a crédito | 				61.6 | 
| 				Indústria eólica | 				52.4 | 
| 				Indústria solar | 				45.6 | 
| 				Outras fontes | 				45.4 | 
 
                
                  - 
                    9. 8 - India
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9/16  (Getty Images)
	Na oitava colocação aparece a Índia. A energia solar é a fonte com maior índice de atratividade no país, segundo a Ernst & Young. O índice geral de atratividade do país é de 54.9
| 				Forças de mercado | 				Índice | 
| 				Estabilidade | 				52.1 | 
| 				Ambiente para negócios | 				37.3 | 
| 				Prioridade para renováveis | 				58.8 | 
| 				Acesso a crédito | 				49.3 | 
| 				Indústria eólica | 				52.2 | 
| 				Indústria solar | 				61.0 | 
| 				Outras fontes | 				44.9 | 
 
                
                  - 
                    10. 9 - França
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10/16  (CC/ flickr.com/photos/dvanzuijlekom/)
	A França ocupa o nono lugar no ranking de atratividade, com índice geral de 54,0. Entre as fontes de energia com potuação mais alta, destaca-se a solar.
| 				Forças de mercado | 				Índice | 
| 				Estabilidade | 				70.4 | 
| 				Ambiente para negócios | 				60.8 | 
| 				Prioridade para renováveis | 				42.0 | 
| 				Acesso a crédito | 				60.6 | 
| 				Indústria eólica | 				47.0 | 
| 				Indústria solar | 				49.3 | 
| 				Outras fontes | 				39.3 | 
 
                
                  - 
                    11. 10 - Bélgica
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11/16  (Wikimedia Commons)
	Décima colocada na lista, a Bélgica tem um índice de atratividade geral para renováveis de 53.9. Ambiente favorável para negócios na área é o driver de mercado mais forte.
| 				Forças de mercado | 				Índice | 
| 				Estabilidade | 				67.3 | 
| 				Ambiente para negócios | 				78.0 | 
| 				Prioridade para renováveis | 				65.0 | 
| 				Acesso a crédito | 				61.1 | 
| 				Indústria eólica | 				42.4 | 
| 				Indústria solar | 				36.9 | 
| 				Outras fontes | 				26.4 | 
 
                
                  - 
                    12. 11 - Itália
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12/16  (Wikimedia Commons)
	Na décima primeira posição do ranking aparece a Itália, com um índice geral de 53.7. O acesso ao crédito é o fator de atratividade que pontua mais alto.
| 				Forças de mercado | 				Índice | 
| 				Estabilidade | 				46.7 | 
| 				Ambiente para negócios | 				45.7 | 
| 				Prioridade para renováveis | 				50.7 | 
| 				Acesso a crédito | 				63.9 | 
| 				Indústria eólica | 				37.9 | 
| 				Indústria solar | 				57.9 | 
| 				Outras fontes | 				42.8 | 
 
                
                  - 
                    13. 12 - Coreia do Sul
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13/16  (Wikimedia Commons)
	A Coreia do Sul também está entre os países mais atraentes para receber investimento em fontes renováveis. Seu índice geral é de 52.7; indústria eólica e solar são igualmente competitivas.
| 				Forças de mercado | 				Índice | 
| 				Estabilidade | 				65.8 | 
| 				Ambiente para negócios | 				60.9 | 
| 				Prioridade para renováveis | 				63.3 | 
| 				Acesso a crédito | 				55.7 | 
| 				Indústria eólica | 				40.1 | 
| 				Indústria solar | 				42.0 | 
| 				Outras fontes | 				40.8 | 
 
                
                  - 
                    14. 13 - Espanha
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14/16  (Getty Images)
	A Espanha é o décimo terceiro país mais atraente do ranking para investimentos em energias renováveis, com índice geral de 51.1.
| 				Forças de mercado | 				Índice | 
| 				Estabilidade | 				51.7 | 
| 				Ambiente para negócios | 				55.9 | 
| 				Prioridade para renováveis | 				48.2 | 
| 				Acesso a crédito | 				67.1 | 
| 				Indústria eólica | 				37.0 | 
| 				Indústria solar | 				45.8 | 
| 				Outras fontes | 				27.5 | 
 
                
                  - 
                    15. 14 - Holanda
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15/16  (Wikimedia Commons)
	Na décima quarta posição aparece a Holanda, com índice geral de 51.1. Seu ponto forte é a estabilidade.
| 				Forças de mercado | 				Índice | 
| 				Estabilidade | 				75.9 | 
| 				Ambiente para negócios | 				63.2 | 
| 				Prioridade para renováveis | 				58.3 | 
| 				Acesso a crédito | 				62.8 | 
| 				Indústria eólica | 				44.1 | 
| 				Indústria solar | 				29.1 | 
| 				Outras fontes | 				28.2 | 
 
                
                  - 
                    16. Mais transparência e qualidade
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16/16  (REUTERS/Atef Hassan)