Economia

Energia sobe 12,89% e eleva IPC dentro do IGP-M da 2ª prévia

As tarifas de eletricidade residencial foram o principal fator de pressão da inflação varejista


	Lâmpada: em 27 de fevereiro, a Aneel autorizou um reajuste extraordinário médio de 23,4% a todas as distribuidoras
 (Jupiterimages/Thinkstock)

Lâmpada: em 27 de fevereiro, a Aneel autorizou um reajuste extraordinário médio de 23,4% a todas as distribuidoras (Jupiterimages/Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de março de 2015 às 10h21.

Rio - Com apenas parte do impacto do reajuste extraordinário concedido a todas as distribuidoras de energia elétrica do País e do aumento das tarifas cobradas segundo o regime de bandeiras tarifárias - ambos em vigor desde o início de março -, as tarifas de eletricidade residencial subiram 12,89% em março e foram o principal fator de pressão da inflação varejista no âmbito da segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) neste mês.

Aumentos em hortaliças e legumes e nos itens de higiene e vestuário também impulsionaram o indicador.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 1,36% na segunda prévia de março, mais do que a alta já expressiva de 1,02% em igual índice de fevereiro.

Ao todo, quatro das oito classes de despesa componentes do índice aceleraram na passagem do mês.

A principal contribuição partiu do grupo Habitação (1,13% para 2,43%), diante do aumento de 12,89% na tarifa de eletricidade residencial.

Em 27 de fevereiro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou um reajuste extraordinário médio de 23,4% a todas as distribuidoras. Além disso, elevou o valor adicional cobrado segundo o regime de bandeiras tarifárias na conta dos consumidores.

Esses reajustes serão percebidos ao longo de março, e a taxa vai ficar maior, já que não foi captada ainda a totalidade desse impacto. Como a segunda prévia do IGP-M captou preços de 21 de fevereiro a 10 de março, apenas parte dessa influência já foi incorporada.

O superintendente adjunto de inflação da FGV, Salomão Quadros, tem comentado que o impacto pleno desses dois fatores deve ocorrer no IGP-DI deste mês, com alta de cerca de 28% nas tarifas de energia.

Nesta prévia, também aceleraram os grupos Alimentação (0,72% para 1,01%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,40% para 0,72%) e Vestuário (-0,12% para -0,08%).

As maiores contribuições para estes movimentos partiram dos itens hortaliças e legumes (2,93% para 7,28%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,61% para 1,46%) e acessórios do vestuário (0,58% para 1,26%), respectivamente.

No sentido contrário, perderam força na passagem do mês os grupos Transportes (2,22% para 1,93%), Educação, Leitura e Recreação (1,07% para 0,93%), Comunicação (0,33% para -0,10%) e Despesas Diversas (1,37% para 0,81%).

Nestas classes de despesa, os destaques partiram dos itens tarifa de ônibus urbano (4,64% para 0,54%), cursos formais (2,96% para 0,05%), tarifa de telefone móvel (0,40% para -0,11%) e cigarros (2,23% para 0,58%), respectivamente.

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,22% na segunda prévia de março, contra alta de 0,61% em igual índice de fevereiro.

O resultado se deveu a desacelerações tanto no índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços (0,87% para 0,28%) quanto no custo da Mão de Obra (0,37% para 0,16%.

Acompanhe tudo sobre:EnergiaEnergia elétricaEstatísticasIGP-MIndicadores econômicosInflaçãoIPCReajustes de preçosSaláriosServiços

Mais de Economia

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições

Ministros apresentam a Lula relação de projetos para receber investimentos da China