Economia

Energia elétrica ajuda inflação a desacelerar

Queda nas passagens aéreas foi o segundo impacto individual para baixo mais importante, segundo o IBGE


	Reajustes de mensalidades escolares e aumento da gasolina destacaram-se entre as altas, segundo o IBGE
 (AFP)

Reajustes de mensalidades escolares e aumento da gasolina destacaram-se entre as altas, segundo o IBGE (AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2013 às 09h54.

São Paulo – Em fevereiro, as contas de energia elétrica ficaram 15,17% mais baratas - refletindo boa parte da redução de 18% no valor das tarifas em vigor a partir de 24 de janeiro, segundo o IBGE. O item energia elétrica exerceu "significativo" impacto para baixo no IPCA de fevereiro, de 0,48 ponto percentual negativo.

A queda na energia possibilitou que, mesmo com “expressivos aumentos” nos valores do aluguel (2,26%) e condomínio (1,33%), de acordo com o IBGE, as despesas com habitação diminuíssem 2,38% em fevereiro, constituindo o grupo de menor resultado no mês.

O segundo impacto individual para baixo mais importante, depois de energia elétrica, foi a queda de 9,98% no item passagens aéreas, com –0,07 ponto percentual. Mas o grupo transportes registrou alta. Os combustíveis (3,64%) aliados às tarifas dos ônibus urbanos (0,62%) e aos automóveis novos (0,59%) levaram o grupo para 0,81% em fevereiro, ante 0,75% em janeiro. 

Altas

Nas altas, o destaque ficou com o grupo educação, com 5,40% - a maior variação. O IBGE credita esse resultado aos reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares - que subiram 6,91% e constituíram-se no item de maior impacto individual no mês, com 0,19 ponto percentual.

À exceção de Fortaleza, que não apresentou aumento em virtude da diferença da data de reajuste, nas demais regiões os cursos situaram-se entre os 4,29% registrados na região metropolitana de Porto Alegre e os 9,28% de Belo Horizonte.

grupo que causou maior impacto foi o de alimentação e bebidas, que contribuiu com 0,35 ponto percentual no índice total - Educação contribuiu com 0,24 ponto percentual. 

O segundo maior impacto individual veio da gasolina, com 0,16 ponto percentual. O preço do litro ficou 4,10% mais caro para o consumidor. A alta nas bombas foi ocasionada pelo reajuste de 6,60% nas refinarias a partir do dia 30 de janeiro. Subiram, também, os preços do litro do etanol (2,16%) e do óleo diesel (3,72%) em função do reajuste de 5,40% nas refinarias em 31 de janeiro.

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