EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.
São Paulo - O total de famílias paulistanas com algum tipo de dívida teve mais uma queda em maio, a segunda baixa mensal consecutiva. Divulgada hoje pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) mostrou redução de 46% em abril para 44% em maio no número de famílias endividadas. O resultado é o menor observado em maio na série histórica do indicador, calculado desde 2004. Na comparação com maio do ano passado, quando atingiu 52%, a queda foi ainda maior, de 8 pontos porcentuais.
A redução representa, em números absolutos, que o total de famílias com compromissos a honrar caiu de 1,63 milhão para 1,59 milhão na capital paulista, de abril para maio. O balanço da Fecomercio-SP mostra ainda ligeira queda no total de lares com contas atrasadas. O levantamento indica que 14% das famílias estão incluídas nessa categoria, 1 ponto abaixo dos 15% registrados em abril. Em números gerais, o total de famílias inadimplentes caiu de 521 mil para 503 mil.
O número de famílias que acreditam não ter condições de pagar total ou parcialmente suas dívidas teve queda de 6% para 5%, chegando a 165 mil. Na avaliação de Adelaide Reis, assessora econômica da Fecomercio-SP, o aumento das operações de crédito em São Paulo e o crescimento do nível de emprego contribuíram para o pagamento de dívidas. "A elevação da massa real de salários tem permitido às famílias consumir mais, além de permitir a quitação dos débitos", explicou.
A pesquisa da Fecomercio também traçou o perfil das dívidas feitas pelos paulistanos em maio. O cartão de crédito, endividamento mais frequente entre as famílias, lidera o ranking, com 68%, a mesma porcentagem registrada em abril. Em seguida aparecem os carnês (29%), o crédito pessoal (14%) e o cheque especial (8%).
O levantamento mostra ainda que, do total das famílias endividadas, 46% têm pagamentos atrasados há mais de 90 dias e 25% estão com as contas atrasadas em até 30 dias. Em média, os consumidores atrasam o pagamento de suas contas em 63 dias. A pesquisa da Fecomercio-SP é apurada mensalmente desde fevereiro de 2004. Os dados são coletados entre cerca de 1.360 consumidores no município de São Paulo.