Economia

Endividamento dos brasileiros sobe para 44,52% em maio

Se descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 30,44% da renda em maio, mesmo porcentual de abril

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2013 às 15h42.

Brasília - O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro cresceu em maio pelo quinto mês consecutivo e bateu novo recorde.

O valor total das dívidas correspondia, naquele mês, a 44,52% da renda do trabalhador nos últimos 12 meses, segundo dados do Banco Central, ante 44,20% em abril (recorde anterior).

Se descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 30,44% da renda em maio, mesmo porcentual de abril. Nesse caso, o recorde continua sendo os 31,49% registrados em agosto de 2012.

O BC também divulgou dados sobre o comprometimento de renda dos brasileiros, que consideram valores mensais para renda e para as prestações pagas aos bancos.

As prestações correspondiam a 21,44% da renda mensal dos trabalhadores em maio, ante 21,47% em abril (dado revisado). Também houve queda em relação a maio de 2012, quando o comprometimento estava em 22,47% da renda. O recorde anterior para esse indicador é 22,98% em agosto de 2012.

No Relatório Trimestral de Inflação de junho, o BC publicou um boxe de análise sobre esses indicadores. Para a instituição, a elevação recente do endividamento e do comprometimento de renda ocorreu em contexto de melhora na qualidade da dívida bancária das famílias.

"O comprometimento de renda com juros e amortização aumentou de forma mais acentuada em 2011, em linha com o expressivo aumento do crédito imobiliário nesse período, ressaltando-se que as prestações mensais substituem, em parte, despesas com aluguéis", disse o BC no relatório.

A instituição destacou ainda o recuo nas taxas de juros, a migração para modalidades de menor risco e para prazos maiores, como crédito consignado e financiamento imobiliário, além do aumento da participação do crédito de melhor qualidade, avaliado como de risco normal, entre o fim de 2003 e abril de 2013.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralDívidas pessoaisEmpréstimosMercado financeirorenda-pessoal

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo