Economia

Endividamento atinge 78,3% das famílias brasileiras, diz CNC

A pesquisa indica que a parcela de inadimplentes — aqueles que têm contas ou dívidas em atraso — chegou a 29,1% das famílias do país, abaixo dos 29,4% de março, mas acima dos 28,6% de abril de 2022

Inadimplência: os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Getty Images/Reprodução)

Inadimplência: os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Getty Images/Reprodução)

Agência Brasil
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Publicado em 4 de maio de 2023 às 14h18.

Última atualização em 4 de maio de 2023 às 15h20.

A parcela de famílias brasileiras com dívidas (em atraso ou não) chegou a 78,3% em abril deste ano. A taxa é a mesma observada no mês anterior, mas está acima dos 77,7% de abril de 2022.

Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quinta-feira, 4, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A pesquisa indica que a parcela de inadimplentes – aqueles que têm contas ou dívidas em atraso – chegou a 29,1% das famílias do país, abaixo dos 29,4% de março, mas acima dos 28,6% de abril de 2022.

Aumento ocorreu principalmente na classe média

Aqueles que não terão condição de pagar suas dívidas somaram 11,6%, percentual superior aos 11,5% de março e aos 10,9% de abril do ano anterior. “Quem tem dívidas atrasadas há mais tempo segue enfrentando dificuldade de sair da inadimplência em razão dos juros elevados, que pioram as despesas financeiras”, destaca a economista da CNC Izis Ferreira.

A cada 100 consumidores inadimplentes em abril, 45 estavam com atrasos por mais de três meses. Segundo a Peic, muitos consumidores têm recorrido ao crédito pessoal, modalidade em que os juros tiveram o menor crescimento (média de 42% ao ano), para pagar dívidas mais caras, como do cartão rotativo, por exemplo.

Do total de consumidores endividados, 86,8% têm dívidas no cartão de crédito e 9% com crédito pessoal. O uso dessa modalidade de crédito é o maior em um ano, enquanto o do crédito pessoal supera os últimos seis meses, de acordo com a CNC.

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