Economia

Encomendas de bens duráveis dos EUA têm forte queda

Queda foi a maior em quase um ano, e medida de gastos empresariais planejados com bens de capital despencou


	Bens duráveis: encomendas caíram 7,3%, à medida que a demanda por bens que vão de aviões a computadores e equipamento de defesa recuou
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Bens duráveis: encomendas caíram 7,3%, à medida que a demanda por bens que vão de aviões a computadores e equipamento de defesa recuou (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2013 às 11h05.

Washington - As encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos registraram a maior queda em quase 1 ano em julho, e uma medida de gastos empresariais planejados com bens de capital despencou, lançando uma sombra sobre a economia no início do terceiro trimestre.

O Departamento do Comércio informou nesta segunda-feira que as encomendas de bens duráveis caíram 7,3 por cento, à medida que a demanda por bens que vão de aviões a computadores e equipamento de defesa recuou. Essa foi a maior queda desde agosto do ano passado e interrompeu três meses consecutivos de ganhos.

As encomendas desses bens, que vão de torradeiras a aeronaves, tinham subido 3,9 por cento em junho.

Economistas consultados pela Reuters esperavam que as encomendas de bens duráveis caíssem 4,0 por cento.

As encomendas de bens de capital fora do setor de defesa, excluindo aeronaves, uma medida analisada de perto para os planos de gastos empresariais, caíram 3,3 por cento, rompendo quatro semanas consecutivas de ganhos. Foi a maior queda desde fevereiro.

As encomendas desses bens, conhecidos como núcleo de bens de capital, subiram 1,3 em junho, segundo dados revisados.

Economistas esperavam que essa categoria tivesse alta de 0,5 por cento, após ganho anteriormente divulgado de 0,9 por cento em junho.

A queda nas encomendas tanto para bens duráveis quanto de capital sugeriram que a indústria provavelmente não irá se recuperar tão rápido quanto muitos economistas esperavam.


Isso, combinado com a desaceleração na construção residencial e nas vendas de novas moradias, indica que o crescimento econômico pode não acelerar muito ante o ritmo anual de 1,7 por cento no segundo trimestre.

"Embora a queda na leitura do indicador principal não tenha sido uma grande surpresa, os detalhes fracos do relatório geram dúvida sobre a perspectiva anterior de melhora para o investimento empresarial", disse o economista Andrew Grantham, da CIBC World Markets.

No mês passado, as encomendas de bens duráveis foram pressionadas por queda de 19,4 por cento nas reservas de equipamentos de transporte. Isso refletiu a queda de 52,3 por cento nas encomendas de aeronaves civis.

Mesmo excluindo o transporte, a demanda por bens duráveis foi fraca quase de um modo generalizado. As encomendas excluindo o transporte recuaram 0,6 por cento.

Houve redução nas encomendas de computadores e produtos eletrônicos, e a demanda por equipamentos, aparelhos e componentes elétricos também caíram. As encomendas de maquinário e metais primários ficaram inalteradas.

As encomendas de bens de capital de defesa despencaram 21,7 por cento em julho, após fortes ganhos nos meses anteriores.

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