Economia

Empréstimo ficou mais caro em julho, segundo Anefac

A alta de 5,48% ao mês é a terceira no ano


	Oferta de crédito pessoal, em uma rua de São Paulo: a taxa média chega a 89,69% ao ano
 (ROBERTO SETTON/EXAME)

Oferta de crédito pessoal, em uma rua de São Paulo: a taxa média chega a 89,69% ao ano (ROBERTO SETTON/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2013 às 11h24.

São Paulo - As taxas de juros das operações de crédito voltaram a subir no mês de julho. É a terceira alta no ano, conforme pesquisa da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). "É a terceira vez que acontece neste ano e (a alta) pode ser atribuída à última elevação da taxa de juros básica promovida pelo Banco Central", disse em nota o diretor executivo de estudos econômicos da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, em referência à recente alta da Selic, de 8% para 8,5% ao ano.

A taxa de juros média geral para pessoa física passou para 5,48% ao mês em julho ante 5,45% em junho, chegando a 89,69% ao ano. De acordo com a Anefac, esta é a maior taxa de juros desde novembro do ano passado.

Os juros do comércio subiram de 4,08% ao mês em junho para 4,10% em junho e as de cheque especial foram de 7,73% ao mês para 7,77%. Já em CDC a taxa subiu de 1,53% para 1,58% ao mês. Em empréstimo pessoal dos bancos, a taxa saiu de 3,04% em junho para 3,08% em julho e em empréstimo pessoal das financeiras foi de 6,96% ao mês para 6,99%. Já a taxa de cartão de crédito foi a única operação de crédito para pessoa física que se manteve estável, em 9,37% ao mês.

A taxa de juros média geral para pessoa jurídica subiu de 3,09% ao mês em junho para 3,13% ao mês em julho (44,75% ao ano), também a maior taxa desde novembro de 2012. Os três indicadores analisados apresentaram alta de junho para julho: capital de giro saiu de 1,48% ao mês para 1,52%; desconto de duplicata foi de 2,21% para 2,23%; e conta garantida foi de 5,58% para 5,65% ao mês.

Oliveira, da Anefac, ressalta que, apesar de "os atuais indicadores mostrarem pressões inflacionárias, bem como o fato do índice oficial de inflação estar bem acima do centro da meta do Banco Central, deveremos ter nova elevação da Selic na próxima reunião do Copom". Por essa razão, o diretor da instituição projeta que as taxas de juros das operações de crédito voltarão a subir nos próximos meses.

A Anefac aponta que, de junho de 2011 a julho de 2013, a Selic baixou de 12,5% ao ano para 8,5% ao ano. No mesmo período, a taxa de juros média para pessoa física baixou de 121,21% para 89,69% ao ano. Nas operações de crédito para pessoa jurídica, a taxa média passou de 61,03% para 44,75% ao ano.

Acompanhe tudo sobre:credito-pessoalEmpréstimosJuros

Mais de Economia

Banco Central autoriza que financeiras emitam letras de crédito imobiliário (LCI)

Trump chama presidente do Fed de 'tolo' após anúncio de manutenção da taxa de juros

Nova alta da Selic pode pesar ainda mais no crescimento econômico, diz CNI

Após nova alta da Selic, Brasil sobe uma posição e tem o 3º maior juro real do mundo; veja ranking