Economia

Empresas japonesas temem impacto negativo do "Brexit"

A consulta, realizada entre os responsáveis de 123 grandes companhias japonesas, mostra que 88% dos indagados acreditam que o "Brexit" prejudicará seu negócio


	Brexit: nenhum dos consultados considerou que a saída do Reino Unido da UE poderia trazer efeitos favoráveis
 (Thomas Peter / Reuters)

Brexit: nenhum dos consultados considerou que a saída do Reino Unido da UE poderia trazer efeitos favoráveis (Thomas Peter / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2016 às 08h51.

Tóquio - Nove em cada dez grandes empresas japonesas temem que a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) tenha um impacto negativo sobre suas operações, segundo uma pesquisa realizada pelo jornal japonês "Nikkei" e publicada nesta terça-feira.

A consulta, realizada entre os responsáveis de 123 grandes companhias japonesas, mostra que 88% dos indagados acreditam que o "Brexit" prejudicará seu negócio.

Deles, 34% preveem um "impacto negativo", e 54% apontam que as consequências serão "moderadamente negativas", enquanto nenhum dos consultados considerou que a saída do Reino Unido da UE poderia trazer efeitos favoráveis.

Quanto às consequências concretas do "Brexit", 53% dos entrevistados acreditam que haverá uma valorização do iene em relação a outras moedas, uma tendência prejudicial para o músculo exportador japonês, enquanto 52% apostam na desaceleração da economia global.

Além disso, um de cada quatro altos executivos consultados afirmou que considera uma revisão de suas atividades empresariais no território britânico quando ele deixar de fazer parte do bloco comunitário, de acordo com a pesquisa realizada pelo jornal econômico japonês.

Um dia antes, representantes dos empregadores e das maiores companhias japonesas realizaram uma reunião com o governo japonês para discutir suas perspectivas empresariais no cenário posterior ao "Brexit".

O ministro da Economia, Comércio e Indústria, Motoo Hayashi, destacou após o encontro a necessidade de "uma cooperação mais estreita" entre os setores público e privado para "minimizar" os efeitos do "Brexit" sobre as empresas japonesas.

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