Economia

Empresas espanholas aumentarão investimento na Ibero-América

Levantamento, feito com 76 empresas na região, mostra que 83% acreditam que seus negócios crescerão no médio prazo

Espanha: 91% consideram que seria benéfico um acordo entre União Europeia e Mercosul (AFP/Arquivos)

Espanha: 91% consideram que seria benéfico um acordo entre União Europeia e Mercosul (AFP/Arquivos)

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EFE

Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 13h59.

Madri - Ao todo, 76% das empresas espanholas devem aumentar os investimentos na região ibero-americana em 2017 e 83% acreditam que seus negócios crescerão na região no médio prazo, revelou um relatório sobre o investimento espanhol apresentado nesta quarta-feira na Casa da América, em Madri.

O estudo, elaborado pelo IE Business School, é baseado nos dados apresentados por 76 empresas na região e destaca a consolidação deste mercado por parte das companhias espanholas.

Além disso, mostra à Venezuela como o país com mais risco de investimento e considera que Cuba está estagnada após as extraordinárias perspectivas do ano passado, depois do restabelecimento de relações com os Estados Unidos.

As empresas espanholas consideram que 2017 será o ano do retorno ao crescimento da Argentina e do Brasil, mercados que conseguiram qualificação muito melhor que do que no relatório do ano passado.

Nos postos de liderança quanto à análise da situação interna de cada país estão mantidos Peru e Colômbia, seguidos de Chile, Costa Rica, Panamá e México.

Quanto aos países ibero-americanos com mais investimentos espanhóis estão México, onde 83% das empresas analisadas têm investimentos, Colômbia e Brasil (70%) e Argentina (63%).

Já quanto aos mercados com mais expectativas de aumentar o investimento estão Colômbia, Peru, México e Argentina, enquanto Venezuela cai, segundo o relatório, por conta dos riscos políticos e cambiais.

Ao considerar as vantagens, 88% acreditam que o principal é o aumento do mercado interno, graças ao crescimento da classe média. E quanto aos riscos destacam a taxa de câmbio, pela volatilidade, quando no ano passado o temor era a desaceleração da economia.

O estudo também mostra que a Cidade do México é a mais atrativa para aportar operações centrais, enquanto Miami é a mais valorizada pelos diretores.

Com relação à integração regional, que neste momento se centra no Mercosul e na Aliança do Pacífico, 45% pensam ser positiva e 26%, muito positiva. Além disso, 91% consideram que seria benéfico um acordo entre União Europeia e Mercosul, que, atualmente, está sendo negociado.

"Tomara que o protecionismo do norte - Estados Unidos - seja o catalisador para a integração na região ibero-americana", afirmou o professor do IE Business School Juan Carlos Martínez Lázaro, encarregado de apresentar o relatório.

A embaixadora do México na Espanha, Roberta Lajous, presente no evento, destacou as vantagens de seu país, a segunda maior economia da América Latina e do Caribe, que tem assinados 11 tratados de livre-comércio e que incluem 46 países.

Ela destacou a força do mercado interno, com 122 milhões de pessoas, assim como as reformas estruturais realizadas pelo governo do presidente Enrique Peña Nieto em setores como a energia e as telecomunicações, que facilitam a entrada de capital estrangeiro.

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