Economia

Empresários em Davos "caçam" crescimento de US$ 5 tri

Líderes empresariais lutam para conseguir mais faturamento num mundo que cresce pouco


	World Economic Forum, em Davos: após meia década de crise financeira, os investidores não querem mais que seus lucros dependam apenas de cortes de gastos
 (Divulgação/World Economix Forum)

World Economic Forum, em Davos: após meia década de crise financeira, os investidores não querem mais que seus lucros dependam apenas de cortes de gastos (Divulgação/World Economix Forum)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2013 às 10h54.

Davos - Os líderes empresariais reunidos em Davos têm muito com que se preocupar, da crise na zona do euro às turbulências geopolíticas globais, mas basicamente seu maior problema é: como conseguir mais faturamento num mundo que cresce pouco.

Após meia década de crise financeira, os investidores não querem mais que seus lucros dependam apenas de cortes de gastos. Seu foco agora é retomar a expansão nas vendas, o que representa um desafio de 5 trilhões de dólares para as maiores corporações do mundo.

Esse é o faturamento adicional que as 1.200 maiores empresas do mundo precisam encontrar a cada ano para simplesmente atender às expectativas dos analistas, segundo a consultoria Accenture.

"O problema é que as expectativas dos mercados acionários e a capacidade das companhias para crescer superam amplamente os índices subjacentes de crescimento macroeconômico", disse Mark Spelman, chefe de estratégica global da Accenture.

"Então as empresas precisam ir além de apenas pensar nos mercados emergentes e nas classes médias emergentes, e começarem a olhar para esses segmentos em que você está vendo significativas mudanças do consumidor, porque há muito crescimento latente nesses segmentos." Cada vez mais, as empresas buscam bolsões de oportunidades para ampliar seu faturamento. Mas elas continuam cautelosas em fazerem grandes investimentos, pois a confiança dos gestores nas perspectivas de curto prazo dos seus negócios permanece baixa.

A pesquisa anual PricewaterhouseCoopers com mais de 1.300 executivos-chefes no mundo todo mostrou que apenas 36 por cento deles estão "muito confiantes" nas perspectivas de crescimento do seu faturamento nos próximos 12 meses. Na pesquisa do ano anterior, 40 por cento tinham essa expectativa.

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