Economia

Empresários defendem ampliação de medidas do Plano Brasil Maior

Presidente da Embraer classificou a proposta do governo de 'copo meio cheio, nem tão bom, nem tão ruim'

Fábrica da Embraer: empresa quer ampliação do plano (Germano Luders/Exame)

Fábrica da Embraer: empresa quer ampliação do plano (Germano Luders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2011 às 16h42.

São Paulo – O Plano Brasil Maior foi criticado hoje (3) por empresários presentes no 4º Congresso Brasileiro da Inovação na Indústria, realizado na capital paulista. Representantes de grandes empresas nacionais disseram que o plano é positivo, porém não pode ser considerado a política industrial necessária para o Brasil. E que também pode conter erros nas desonerações.

O diretor-presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, disse que o Plano Brasil Maior é um “copo meio cheio, nem tão bom, nem tão ruim”. Para ele, o governo federal precisará ampliar as medidas anunciadas se quiser realmente apoiar a indústria brasileira.

“Esperamos que hajam novos passos mais a frente”, disse. “Foi um dos pacotes mais abrangentes que já houve, mas política industrial é outra coisa. É uma coisa estruturante e definitiva”.

O co-presidente do Conselho da Brasil Foods e ex-ministro no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Luiz Fernando Furlan, também pediu que o plano seja ampliado e que beneficie outros setores da economia. A área de produção de alimentos, na qual ele trabalha, não foi beneficiada.

Furlan disse ainda que o modelo de desoneração da folha de pagamento adotado pode estar errado. Segundo ele, substituir o imposto calculado sobre a folha por um outro calculado sobre faturamento, mesmo que de menor alíquota, pode causar um aumento na tributação.

“Há um temor de que a mudança na desoneração da folha possa errar no calibre. Em vez de desonerar, aumentar a arrecadação”.

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