Economia

Empresários debatem no Rio negócios entre países dos BRIC

Rio de Janeiro - Empresários do Brasil, Rússia, Índia e China, que compõem o chamado BRIC, e também da África do Sul, vão se reunir pela primeira vez amahhã (14) no Rio de Janeiro para discutir possíveis oportunidades de negócios e investimentos nos setores de energia, tecnologia da informação, infraestrutura e agronegócio. O encontro faz […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Rio de Janeiro - Empresários do Brasil, Rússia, Índia e China, que compõem o chamado BRIC, e também da África do Sul, vão se reunir pela primeira vez amahhã (14) no Rio de Janeiro para discutir possíveis oportunidades de negócios e investimentos nos setores de energia, tecnologia da informação, infraestrutura e agronegócio. O encontro faz parte da programação da II Cúpula BRIC e da IV Cúpula IBAS (Índia, Brasil e África do Sul), que vai reunir os chefes de Estado destes países em Brasília, nos dias 15 e 16 de abril.

De acordo com o diretor do Departamento de Promoção Comercial do Ministério das Relações Exteriores, Norton de Andrade Mello Rapesta, os quatro setores foram escolhidos a partir de estudos do Itamaraty e da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo ele, os empresários, dos quais 212 são brasileiros, 70 chineses, 30 indianos, 25 sulafricanos e 20 russos, vão apenas conversar neste encontro. Os contratos de parcerias serão assinados em Brasília pelos chefes de estado do grupo.

“As empresas brasileiras estão num processo crescente de internacionalização e esses países são economias fortes, com grande potencial para investimentos e parcerias comerciais", disse o diretor. "Só para lembrar, os quatro países juntos (Brasil, Rússia, Índia e China), que concentram 40% da população mundial, tiveram em 2008 um PIB (Produto Interno Bruto) de US$ 12,7 trilhões.”

Rapesta destacou, porém, que o avanço das negociações comerciais do Brasil com estes países enfrenta um sério problema de logística, devido a inexistência de linhas diretas, sejam aéreas ou marítimas. “Hoje em dia, para mandar um contêiner do porto de Santos para a África do Sul, ele passa por Cingapura e Dubai. As ligações aéreas também passam pela Europa, o que amplia a distância e o tempo, além do custo”.

Ele considerou que os desafios são a Índia, por causa da sua cultura multifacetada e dos vários hábitos alimentares e culturais, e a China, que tem uma demanda por comida muito grande, mas hábitos alimentares muito diferentes dos ocidentais. Com a Rússia, disse ele, a intenção é aumentar as exportações de carne, mas o Brasil terá que investir mais na qualidade do produto.

Ainda de acordo com o ministro, na área de energia, o Brasil tem interesse na venda do etanol, do biocombustível e da tecnologia de construção de hidrelétricas. Na tecnologia de informática, o Brasil quer aumentar as exportações de software, mas tem interesse na estrutura de call centers da Índia e no sistema de antenas para celulares e roteadores desenvolvido pela China.

Na infraestrutura, o interesse é na tecnologia dos trens de alta velocidade da China, mas também exportar para a Índia a engenharia para a modernização de estradas e aeroportos.
 

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