Economia

Empresa chinesa se prepara para disputar hidrelétricas da Cemig

governo quer oferecer aos investidores as concessões das hidrelétricas de Miranda, São Simão, Jaguara e Volta Grande

Cemig: a Spic já contratou dois bancos de investimento para assessorá-la nos preparativos para o leilão (Divulgação/Divulgação)

Cemig: a Spic já contratou dois bancos de investimento para assessorá-la nos preparativos para o leilão (Divulgação/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 28 de agosto de 2017 às 17h55.

São Paulo - A chinesa State Power Investment Corp tem se preparado para disputar uma licitação em que o governo pretende oferecer a concessão de quatro hidrelétricas operadas pela mineira Cemig, cujos contratos venceram, disse à Reuters uma fonte com conhecimento direto do assunto.

A Spic, como é conhecida a elétrica chinesa, já contratou dois bancos de investimento para assessorá-la nos preparativos para o leilão, que o governo pretende realizar em 22 de setembro.

O governo quer oferecer aos investidores as concessões das hidrelétricas de Miranda, São Simão, Jaguara e Volta Grande, que somam 2,9 gigawatts em capacidade. Ficará com as concessões quem oferecer o maior bônus ao governo, e a União espera arrecadar ao menos 11 bilhões de reais se houver interessados em todas usinas.

A Pacific Hydro, que concentra as atividades da Spic no Brasil, após ter sido comprada pelos chineses em uma operação concluída em abril, disse que "não comenta rumores de mercado por questões estratégicas".

O leilão das hidrelétricas tem sido alvo de uma intensa disputa judicial entre a União e a Cemig, que pretende manter as usinas. A elétrica entende que tinha direito a renovar as concessões de ao menos três usinas, sem necessidade de leilão ou pagamento de bônus.

Atualmente, a licitação está suspensa devido a uma ação judicial liminar.

Apesar disso, algumas empresas têm demonstrado interesse em disputar os ativos da Cemig.

A Reuters publicou na semana passada que a unidade brasileira da italiana Enel Green Power tem estudado as hidrelétricas que serão licitadas.

O presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini, também disse recentemente que a empresa avalia os empreendimentos e pode disputar o leilão mesmo em meio à disputa judicial entre Cemig e a União.

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