Economia

Geração de empregos cai pela metade de 2011 para 2012

O resultado de 2012 foi ainda pior se comparado ao de 2010, quando foram criados 2,8 milhões de empregos


	Carteira de Trabalho: em 2012, o emprego formal com carteira assinada teve crescimento de 3,46%, com a criação de 1,3 milhão de postos
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Carteira de Trabalho: em 2012, o emprego formal com carteira assinada teve crescimento de 3,46%, com a criação de 1,3 milhão de postos (Marcos Santos/USP Imagens)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2013 às 12h46.

Brasília - A geração de empregos formais caiu pela metade de 2011 para 2012. No ano passado, foram registrados cerca de 1,1 milhão de postos de trabalho – tanto em regime de carteira assinada quanto no serviço público. No período anterior, foram aproximadamente 2,2 milhões.

O resultado de 2012 foi ainda pior se comparado ao de 2010, quando foram criados 2,8 milhões de empregos.

Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) 2012, divulgada hoje (11) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Em 2012, o emprego formal com carteira assinada teve crescimento de 3,46%, com a criação de 1,3 milhão de postos.

No serviço público, sob o regime estatutário, houve declínio de 1,76% dos vínculos empregatícios, com o fechamento de mais de 152 mil postos.

“Tal comportamento mantém a trajetória de crescimento do emprego ininterrupta, apontando uma perda de dinamismo, já detectada no ano de 2011. Tanto o emprego celetista quanto o estatutário evidenciaram comportamento mais desfavorável comparativamente ao ano anterior, dando continuidade ao processo de desaceleração ocorrido naquele ano”, informou o ministério em nota.

Para a pasta, o fechamento de postos no serviço público se deve ao declínio de contratações de servidores não efetivos, ao desaquecimento do mercado de trabalho e à dinâmica eleitoral, especialmente na administração pública municipal.

O ministério destacou que, apesar da perda de dinamismo na criação de postos de trabalho formais, indicada pela Rais de 2012, houve a manutenção das baixas taxas de desemprego.


No ano passado, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego atingiu 5,5% – o menor índice anual da série histórica, que começou em 2002.

Em 2012, a taxa de crescimento do emprego foi maior do que a do Produto Interno Bruto (PIB), assim como foi verificado em 2011.

No ano passado, o PIB registrou crescimento de 0,9%, enquanto os postos de trabalho formais aumentaram 2,48% – o que, de acordo com o Ministério do Trabalho, é “amplamente favorável”. Em 2011, o PIB cresceu 2,7% e o emprego, 5,09%.

A Rais é um registro das declarações anuais e obrigatórias de todos os estabelecimentos existentes no país. Gerenciados pelo Ministério de Trabalho e Emprego, os dados são as principais fontes de informações sobre o mercado de trabalho formal brasileiro, sendo usados pelo governo na elaboração de políticas públicas.

Acompanhe tudo sobre:EmpregosMercado de trabalhoMinistério do Trabalho

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE