Carteira de trabalho: “altas porcentagens de pessoas trabalhando por conta própria sugere falta de boas oportunidades de emprego”, afirma a pesquisa. (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 9 de agosto de 2013 às 12h05.
São Paulo - Em 2012, 26% dos adultos do mundo tinham um emprego de, pelo menos, 30 horas semanais e trabalhavam para um empregador. A porcentagem obtida pela pesquisa realizada pela Gallup indica uma pequena queda em relação aos 27% do ano anterior. Mas, como muitos países ainda estão lutando para se recuperar da recessão global, o declínio em 2012 é uma "reversão infeliz" do crescimento verificado em 2010 e 2011, segundo o instituto.
A pesquisa mostra que 18% dos adultos trabalhavam por conta própria (também uma pequena queda em relação aos 19% do ano anterior). E 38% estavam fora do mercado de trabalho (em 2011 eram 37%).
A América do Norte é a região com a maior porcentagem de pessoas trabalhando para um empregador (42%), seguida pelos países europeus de fora da União Europeia (40%). Nas duas regiões, 5% trabalham por conta própria e cerca de um terço não estão no mercado de trabalho. A áfrica sub-saariana é a região com a menor porcentagem de pessoas trabalhando para um empregador (11%). Lá, 23% são seu próprio chefe e também cerca de um terço está fora do mercado de trabalho. A região da América Latina e Caribe ocupa a 5ª posição entre as 11 regiões.
O sudeste e o leste asiático e a África subsaariana têm as maiores taxas de pessoas que trabalham por conta própria. Os países nessas regiões estão entre os mais pobres do mundo e os moradores encontram dificuldade para achar empregos decentes, segundo a Gallup.
Existe um equilíbrio delicado entre a porcentagem ideal de pessoas trabalhando para elas mesmas e a porcentagem de pessoas trabalhando para um empregador, segundo a Gallup. “Altas porcentagens de pessoas trabalhando por conta própria sugere falta de boas oportunidades de emprego”, afirma a pesquisa.
A Gallup observa que a porcentagem de pessoas que trabalham para um empregador está ligada ao PIB per capita, ou seja, países mais ricos tem maior probabilidade de ter grandes porcentagens de sua população trabalhando para um empregador, enquanto os países pobres tendem a ter porcentagens maiores da população trabalhando para si mesmas.
No mundo, o desemprego manteve-se em 8% em 2012, a mesma porcentagem de 2011. O subemprego registrou uma pequena alta, de 17% em 2011, para 18%. A região com a maior porcentagem de desempregados é o Oriente Médio e o Norte da África (19%), seguido pela África subsaariana (15%). As menores taxas de desemprego foram registradas no leste da Ásia e nos países europeus de fora da União Europeia – menos de 5% em ambos. A região América Latina e Caribe ocupa a 4ª posição no ranking com 12%.