Economia

Emprego nos EUA acelerou antes da paralisação, diz pesquisa

Já a taxa de desemprego teria se mantido em 7,3 por cento, a mais baixa em quase cinco anos, segundo pesquisa da Reuters


	Candidata preenche formulário em feira de emprego: o Departamento do Trabalho divulgará seu relatório mensal de emprego nesta terça-feira
 (Tim Boyle/Bloomberg)

Candidata preenche formulário em feira de emprego: o Departamento do Trabalho divulgará seu relatório mensal de emprego nesta terça-feira (Tim Boyle/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2013 às 06h25.

Washington - O crescimento do emprego nos Estados Unidos provavelmente se acelerou ligeiramente em setembro, sugerindo que a economia desfrutou de um crescente impulso antes de a disputa sobre o orçamento em Washington reduzir um pouco a sua força.

Os postos de trabalho não-agrícola nos Estados Unidos devem ter aumentado em 180 mil em setembro, acima do ganho de 169 mil em agosto, de acordo com uma pesquisa da Reuters com economistas. A taxa de desemprego teria se mantido em 7,3 por cento, a mais baixa em quase cinco anos.

O Departamento do Trabalho divulgará seu relatório mensal de emprego nesta terça-feira, mais de duas semanas mais tarde do que o inicialmente previsto, devido à paralisação parcial do governo federal no início deste mês.

Os dados geralmente definem o tom dos mercados financeiros globais, mas economistas ponderaram que a paralisação diminuiu sua importância, com a opinião generalizada de que as autoridades do Federal Reserve vão adiar a redução do programa de estímulo até que fique mais clara a magnitude do dano econômico causado pela batalha política sobre o orçamento.

"O Fed vai adotar uma abordagem cautelosa", disse o economista-chefe da Comerica, Robert Dye, já que a paralisação parcial do governo trouxe novos problemas à economia.

As autoridades do Fed se reunirão na próxima semana para discutir a política monetária. Eles surpreenderam os mercados no mês passado ao manter o programa de compra de títulos ao ritmo atual de 85 bilhões de dólares por mês, dizendo que queriam ver mais evidências de uma recuperação sólida.

Agora, muitos economistas acreditam que o Fed vai esperar até o próximo ano antes de reduzir seu estímulo econômico. "Nós continuamos a acreditar que a primeira redução não será antes de março", disse Michelle Girard, economista-chefe do RBS.

Acompanhe tudo sobre:DesempregoEmpregosEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Economia

Arcabouço não estabiliza dívida e Brasil precisa ousar para melhorar fiscal, diz Ana Paula Vescovi

Benefícios tributários deveriam ser incluídos na discussão de corte de despesas, diz Felipe Salto

Um marciano perguntaria por que está se falando em crise, diz Joaquim Levy sobre quadro fiscal

Campos Neto: Piora nas previsões de inflação não é culpa de 'malvados da Faria Lima'